segunda-feira, 19 de setembro de 2011

MIS: Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro

Vinícius Cesar Prado Nogueira
4º ano Arquitetura e Urbanismo



Escolhi esse assunto pois na época de sua reportagem me influenciou bastante. Estava no segundo ano do curso de arquitetura e urbanismo e achei bem interessante o volume, a forma do prédio que implantarão na avenida Atlantica, ponto turístico do estado do Rio de Janeiro.
Mas isso ficou guardado na memória passaram-se dois anos e nunca mais me interresei pelo prédio, até agora. Pesquisei o local, o antigo prédio e o a ser contruido e consegui com isso, talvez se não mudar de opinião mas formar um pouco mais a minha.


Anexo abaixo estão reportagens e links de sites da internet que falam sobre o tema e expõem opiniões diversas.

O escritório de arquitetura americano Diller Scofidio + Renfro foi o vencedor do Concurso de Ideias, realizado para escolher o projeto arquitetônico da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Deixando um pouco de lado a polêmica acerca da escolha do local, o projeto escolhido pelo juri (quem fez parte do juri?) foi do escritório novaiorquino Diller Scofidio + Renfro.  O projeto, “escancaradamente” releitura (ou evolução?) do Museum of Art and Technology em Nova Iorque, apesar da linguagem internacional, se adequa com primor no contexto da cidade carioca, principalmente por seus rampas/jardins/terraços/brises/mirante, elemento que marca o percurso no museu, e, pela transparência, que devem proporcionar vistas fantásticas, apesar de uma certa introspecção que um museu “exige”

A xenofobia por parte de alguns arquitetos (a mesma em relação a outros projetos, como a Companhia de Dança de São Paulo de Herzog e De Meuron e a Cidade da Música de Portzamparc, também no Rio de Janeiro) apimenta ainda mais a discussão sobre a nossa atual posição em relação a arquitetura mundial. A escolha de um escritório gringo, com uma proposta formal e conceptiva diferente da que estamos acostumados a ver e fazer, acrescenta um repertório novo, tanto para nós, profissionais, quanto para o público em geral (nossos clientes, rs).

Dos demais escritórios que participaram da concorrência, vale destacar a participação dos brasucas, Bernades & Jacobsen, que conseguiram (pelo menos à primeira vista) criar  excelentes ambientes/praças através de uma implantação que me parece ter sido a melhor apresentada; Isay Weinfeld, elegante como sempre, mas talvez, até demais; Brasil Arquitetura, que, ao mesmo tempo conseguiram criar um átrio bacanérrimo, labiríntico e penumbroso, apresentou uma bizarra bola cromada que daria inveja Captain Kirk; e também o Tacoa Arquitetos, cujo proposta … não sei (rs).

Mas a decepção geral, ficou por conta do Daniel Libeskind e Shigeru Ban.
Lembro-me que esses nomes eram frequentes nas aulas de Analise Crítica de Arquitetura e eram considerados verdadeiros “mestres”, glorificados pelos professores e alunos, amém. Com todo respeito que os mestres devem ter (ou não), pisaram feio na bola.
 Acho que suas propostas ficariam melhor no Sambódromo.

Caíram no nosso eterno karma: Gringo achar que o ano inteiro é carnaval no Brasil. Bom, talvez seja. Não tem como culpá-los, sendo que a nossa principal exportação sempre foi mulata com bunda de fora, sorriso no rosto e penca de banana na cabeça.

O estado do Rio de Janeiro conta com mais dois museus da imagem e do som. O da imagem e postado aqui logo abaixo é eclético e não é restaurado desde 1990, sendo que esta última foi realizada após de mais de quarenta anos de esquecimento.


O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ) foi inaugurado em 3 de setembro de 1965, como parte das comemorações do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro.

O MIS lançou um gênero pioneiro de museu audiovisual, que seria seguido por outras capitais e cidades brasileiras. Além de ter se qualificado num centro de documentação de música e imagem, foi também um centro cultural de vanguarda nas décadas de 60 e 70 do século XX, lugar de encontros e de lançamento de idéias e novos comportamentos.

Além de preservar importantes coleções que atendem aos interesses de um público pesquisador amplo e diversificado, o prédio da Praça XV, tombado em 1989, é em si mesmo uma das mais belas peças de sua coleção, constituindo um exemplar histórico raro dos pavilhões construídos para abrigar a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, realizada em 1922.

Em 1990, o prédio passou por uma grande restauração que lhe devolveu o fausto do estilo eclético original, desfigurado pelas intervenções que ao longo dos anos modificaram sua fachada. Além desse prédio da Praça XV, o MIS começou a ocupar, nesse mesmo ano, um outro edifício, localizado no bairro da Lapa, tradicional reduto da boemia carioca, que abriga diversos bares, casas noturnas e entidades culturais responsáveis pela transformação desse espaço urbano em um dos locais de maior efervescência cultural da cidade. Essa sede é atualmente ocupada por setores administrativos do MIS e abriga parte do acervo disponível à pesquisa.

Algumas coleções desse acervo foram adquiridas por ocasião de sua inauguração, como as dos fotógrafos Augusto Malta e Guilherme Santos; a do radialista Henrique Foréis Domingues, o Almirante; a coleção de discos raros do pesquisador de música popular Lúcio Rangel e as litogravuras de Maurice Rugendas. Outras coleções foram incorporadas ao longo do tempo, como a da Rádio Nacional (1972), com a memória da época de ouro do rádio no Brasil; a de Jacob do Bandolim (1974), importante coleção particular sobre a memória do choro; a de Elizeth Cardoso (1979); a de Abel Ferreira (1980); a de Nara Leão (1990); a do jornalista Sérgio Cabral (2007); e a da cantora Zezé Gonzaga (2008), entre tantas que, no seu conjunto, formam um dos acervos audiovisuais mais expressivos e diversificados da cultura urbana brasileira.

Além da guarda e preservação das coleções, o MIS produz seu próprio acervo através da coleta dos Depoimentos para Posteridade, projeto concebido em 1966 como forma de legitimar a ação do Museu no meio cultural do Rio de Janeiro. O primeiro depoimento foi prestado por João da Baiana, em 24 de agosto de 1966, seguido por Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Almirante, Donga, Chico Buarque, Tom Jobim e dezenas de outros. Atualmente, o Museu conta com um acervo de mais de 900 depoimentos com, aproximadamente, quatro mil horas de gravação abrangendo os mais diversos segmentos da cultura.

Ao longo de sua trajetória, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro vem realizando exposições, encontros, sessões de cinema, cursos, seminários, palestras e, mais recentemente, um programa de vídeo educativo que atende a estudantes da rede pública, pessoas da terceira idade e ONGs que trabalham com menores carentes.

O MIS não se restringe à guarda de objetos remanescentes do passado, mas está em dia com o presente e voltado para o futuro. Registra e preserva a memória, fazendo uso de tecnologias disponíveis em cada época. (www.mis.rj.gov.br/museu_hist.asp)

A antiga ocupação sub solo: a Boate Help.
Esta boate fez bastante sucesso na década de 70, marco para a classe média carioca até meados de 1980. Atualmente era sinônimo de drogas e prostituição que , assim como a avenida é vista por alguns estrangeiros como atrativos turísticos no “Brazil”. Mas mesmo assim havia quem a defendesse:

Prezada Secretária Adriana Rattes,
Sou jornalista e também produtor cultural, moro no Rio de Janeiro e tenho uma sugestão para fazer, referente à memória arquitetônica da cidade do Rio de Janeiro.
O painel da fachada da boate Help é mundialmente famoso e é um marcador interessante da passagem do tempo na arquitetura e paisagem da cidade.
Agora nos parece muito perto, é um painel dos anos 70, mas daqui há cinquanta anos podemos voltar a este painel, que reflete uma estética e um projeto cultural pós-modernista e como ele foi integrado/apropriado no Brasil.
Assim, gostaria de solicitar que antes da demolição da boate Help o painel seja preservado e depois exposto a público, talvez até mesmo no museu da imagem e do som.

Atenciosamente,
André Bezerra
jornalista e produtor cultural





A tradicional boate Help, localizada na Avenida Atlântica, em Copa, vai ser demolida, no local será construído o Museu da Imagem e do Som. A casa noturna que já foi o point da classe média na década de 80, passou a ser considerada local de prostituição em tempos recentes.

Tentei aqui expor vários pontos de vista sobre o assunto para justificar minha opinião.
Acredito que a implantação do museu na região será benéfica para a população do Rio e para os brasileiros que terão, a sua disposição, um belo local para entretenimento e recreação cultural.
Tenho uma certa preocupação com o futuro dos outros MIS que entrarão em uma disputa pela atenção não somente dos visitantes mas também do Poder Público, que, a olhos vistos está fazendo deste empreendimento uma vitrine para, agora as olimpíadas e a copa do mundo de 2014.
Quanto ao projeto em si concordo em partes com os mais relutantes em se aprovar um projeto dos “gringos” não por chauvinismo mas por simplesmente por não ver ligação do prédio com o entorno, não sentir a força que um projeto desse tem que causar quando olhamos para ele pois o belo é atemporal, é sensorial mas prefiro o vencedor que qualquer outro finalista.
Em relação a boate e ao blog a favor de se colocar a fachada no museu é ridículo o argumento de “projeto cultural modernista”. Um elemento de valor cultural deve tem relevância e identidade com uma cultura, um povo ou uma época histórica e não com uma determinada classe social minoritária e no caso oligárquica.

 

OUTROS PROJETOS FINALISTAS:








O projeto vencedor recebeu diversas críticas algumas positivas outras negativas como deste site: http://www.gresta.com.br/blog/?p=89

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