sábado, 17 de setembro de 2011

CAIXAS DE MEMÓRIA

TRABALHO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL - 3º ANO DE ARTES (LICENCIATURA)


CAMILA APARECIDA BERNARDES


            Caixinha Patrimônio


Para inicio da aula colocarei a sala em circulo e com uma conversa com os alunos sobre o tema patrimônio e dentro deste circulo colocarei a caixa patrimônio que em uma conversa com eles, os mesmos terão que interpretar a caixa.
Os alunos abordarão objetos que fazem parte de sua própria vida, e em uma folha de sulfite A4 branca, colocaram em forma de texto a interpretação de cada objeto existente na caixa.
E apos essa observação, continuando em circulo, os alunos terão que apresenta para a sala a sua interpretação dos objetos e seu significado pessoal.
Em seguida s alunos responderão as perguntas seguintes.

Perguntas:
1° A caixa o que ela transmitiu para você?
2° Quais objetos você vê como patrimônio seu?
3° O que Patrimônio para você?
Em seguida finalizando a aula os alunos entregam as respostas.



RAFAELA DE OLIVEIRA QUEIROZ



Uma caixa de lembrança feita a couro, que traz lembranças de um passado  cheio de recordações, traz com sigo um Anel, um terço, uma boneca, uma foto de uma cachorra e um perfume .
Esta caixa é feita a couro com papel, enfeitada com flores de couro que são materiais impuros. Todos esses materiais reunidos nos traz uma forte lembrança de muito amor, amizade, e várias sensações.
Esta caixa nos lembra algo de nossa vida  que tem haver com a palavra ”HISTORY” toda história nos representa algo importante. Se tirarmos esta palavra perderia toda a graça porque não parecia uma história, uma vida.
Cada objeto nos lembra algo que nos dá o direito de guardar lembranças e histórias de nossas coisas de nossos objetos de nossas vidas.
Esses objetos podem ser testemunho da história de nossa vida quando éramos crianças ou até mesmo nos lembre pessoas que passaram por nossas vidas e nos deixou saudade. E muitas vezes guardamos as coisas que não usamos, pois elas nos faz ter recordações de coisas boas que nos aconteceu, e tem um significado de muita importância, e que para outras pessoas não significam nada, essas pessoas no futuro falaram de nossa história e contaram sobre o que  nos aconteceu mesmo achando que tudo isso não teria significado nenhum.
 E simplesmente guardamos esses objetos para termos o que contar para nossos filhos e netos, de onde veio e o que nos significa. Realmente é uma recordação de amores de amizades e de muitas alegrias. Assim pode nos contar como foi, e o que aconteceu em nossa vida, lembrança de um passado que jamais voltará, lembranças que jamais será esquecidas um amor para sempre e assim novas histórias.

RAMIS CAMPOS VENÂNCIO


Caixa de Lembranças

Este trabalho considero-o mais como uma obra de arte. Vou tecer aqui um roteiro de leitura da minha obra desenvolvendo com isso o valor didático que essa obra poderia ter.

Antes de qualquer coisa temos nossas vivências e delas guardamos lembranças na memória. Muitas dessas vivências deixam também objetos, "lembrancinhas", espécie de  souvenir, índice de um passado que ficou para trás, mas que o levaremos adiante mantendo-o guardado como um resquício desse momento.

Damos a estes objetos um espaço quase certo, isso depois do objeto ter deixado de exercer sobre nós o seu efeito mágico que nos leva a querer deixá-lo em algum lugar que esteja sobre nossa vista; passado este efeito as caixas de papelão são esse espaço...Essas mesmas caixas que foram utilizadas para locomover e acomodar produtos, são descartadas depois de cumprirem sua função. Deixadas à calçada voltam a guardar objetos, mas dessa vez serão objetos-lembranças que já não podem mais ocupar espaços ou ficar ou ficar á vista; vão para estas caixas para serem guardados, sendo poupados de ser descartados.

O papelão é um material barato, abundante, resistente ao tempo somente se à salvo de umidade e insetos. Mas porque damos às nossas lembranças esse esquife paupérrimo? Por que juntamos num mesmo lugar o importante envolvido pelo pobre?

Questão de comodidade... Estamos no presente e não teremos tempo suficiente para pensar no espaço e no recipiente mais adequado para o passado. Penso também que essa é uma forma de desmerecer um pouco a importância que tal objeto teve no passado e que agora já não exerce a mesma influência sobre nós. Por orgulho o rebaixamos em nossas escalas de valores.

"Tu não és mais mágico, por isso não mereces mais este espaço á vista; apesar disso não lhe dispensarei  porque guardas boas lembranças minhas. Mas como não és mais tão importante assim para mim, lhe colocarei numa caixa de papelão, e ficarás guardado debaixo de minha cama, recebendo a poeira, até que eu precise de tu para ajudar-me a rememorar aquilo que já passou..."

Eis a questão...guardamos numa caixa barata (Papelão) uma outra caixa (Objeto-Lembrança) que considerávamos mágica e já não mais é. E nessa segunda caixa guardamos o índice de uma lembrança que se encontra na memória da terceira caixa, esta que carregamos acima dos olhos e atrás das têmporas, o cérebro.

Eis a proposta didática... Questionar e procurar respostas para esse jogo de significados e valores destas "caixas de lembranças", a saber, o cérebro, o objeto e a caixa de papelão.

Dar ao papelão um formato de baú é jogar com esses valores. A caixa de papelão é pobre, mas o formato de baú o enriquece. O papelão, ao mesmo tempo, pobre e rico. Quais seriam os objetos lembranças que guardaríamos nessa caixa? Porque guardaríamos esses objetos lembranças ao invés de deixá-los á vista? O que aconteceu com o objeto para ele ser guardado? O que ele tinha de especial para ficar á vista?

O toque final: A caixa foi estruturada com linhas de costura que ao mínimo esforço ou tensão se rompem. Qual o cuidado que deve ser tomado para que não aconteça isso? Por que essa caixa não deve ser lacrada? Quando se faria necessário desfazê-la e por quê?

ALINE HILÁRIO

Eu e minhas gavetas



Ela é uma caixa marfim com imperfeições na pintura com um desenho na superfície.
Uma vez que sou a caixa, me sinto assim normal com algo que todo mundo tem, mas trata-se das minhas lembranças e de como eu as guardei, talvez pareça só uma peça de madeira, mas quem é mais que isso, antes que alguém abra as gavetas?
E na minha primeira, lá de baixo eu guardei a minha infância difícil,a mesa vermelha que a minha avó fazia de lousa pra me ajudar nas tarefas foi o que mais me marcou.
Na segunda coloquei os meus amigos, a minha adolescência, a música que já era presente, meus dilemas, o que eu queria e o que eu idealizava.
Na terceira estão as minhas memórias mais recentes, os problemas da vida adulta, trabalho, namoro, faculdade, também estão os amigos que não foram embora com o fim do ensino médio, meus pais que sempre fizeram o que podiam por mim e a saudade que eu sinto quando olho para trás...
Sob tudo posso dizer que de cada gaveta que abri e fechei até hoje registrei fatos únicos que só eu sei como foram, diante disso afirmo que isso é arte, arte de viver!
Pra mim, pra você e pra todas as outras malas, gavetas, caixas e porta trecos.

ÉRIKA APARECIDA CINTRA RIBEIRO


Caixa de Recordações

Eu usaria minha caixa de Recordações como um trabalho pedagógico. Pois acho que as crianças devem desde cedo aprender sobre patrimônio, não só cultural como também pessoal.
A caixa eu levaria como exemplo do que eu tenho como patrimônio.
Colocaria os alunos em um circulo, abriria a caixa e passaria todos os objetos, falando quando e qual ocasião ganhei aqueles objetos.
Em uma breve conversa com a turma, pediria para que eles verificassem em casa com os pais e existe algum objeto importante ou até mesmo uma história que o aluno deverá guardar pra sempre.
Na próxima aula, eu pediria que eles fizessem uma redação, falando o que acharam em casa ou qual história lhes fora contada.
Pediria também uma representação desses objetos em forma de desenho, para que eles possam guardar em uma caixa, depois a gente confeccionaria uma caixa simples de papel mesmo. Eu levaria um molde, para  facilitar, ajudaria eles a montar e deixaria o acabamento por conta deles. Usando tintas, glitter ou até mesmo colagens com outros papéis.

VALÉRIA BORGES


Souvenirs, 2011 – Valeria Borges

O passado se faz presente, através da petit caixa e dos pequeninos objetos que a compõe. Estes objetos são simples, comuns, de valor financeiro irrisório, entretanto, de valor sentimental imensurável. Nela também, estão intrínsecas lembranças de momentos muito importantes e significativos de um remoto passado.
Representam basicamente um aprendizado de muita alegria, os quais envolvem pessoas inesquecíveis. Assim como nos dizia Joseph, “a memória é o espelho em que vemos os ausentes”. É a maneira de materializar aqueles que já não estão mais conosco, mas que continuam presentes em nossos corações.
As lembranças do passado são como um elo que se interligam ao presente, podendo também se fazer presente no futuro.  A infância pode nos lembrar momentos agradáveis, com diversas brincadeiras, travessuras e risos.
Sinto-me privilegiada por ter em minhas raízes pessoas como minhas avós, da fortaleza de uma rocha, mas com a suavidade e o encanto das flores.
Amigos, mestres, terapeutas que surgem em nossas vidas para compartilhar, auxiliar em nosso aprendizado, crescimento e reorganização interna.
                        A caixa de memórias: relembrando e revivendo, “souvenirs”, é uma forma de eternizar os fatos transcorridos que não voltam mais, a não ser através das lembranças.
Enfim, relembro, revivo e assim faço o passado presente novamente, inclusive as pessoas importantes em minha vida.
Merci!

TAMARA APARECIDA DOS SANTOS SILVA

Caixa do Tempo

Eu considero minha caixa como obra de arte, para que eu consiga utilizar como recurso didático seria necessário fazer uma referencia com eles entre os elementos utilizados. Foi escolhido uma caixa de coração, pois a mesma representa nosso próprio coração, onde muitas coisas são guardadas nele. A utilização dos negativos faz referencia a lembranças concretas, a fatos que um dia será histórico, para o individuo ou ate mesmo para a civilização. As balas de goma representa a doçura que lembranças de infância, quando boas nos traz. As notas musicais foram desenhadas para que seja a referencia de nossas vidas, pois cada momento é uma nota musical, podendo ser baixo ou alto. As flores junto com o relógio faz referencia ao tempo e uma contraposição, pois o relógio parado represente que em certos momentos  o tempo para, mas as flores mostra que isso não é real, pois com o dia a dia ele vão murchando, mostrando que o tempo é constante. Foi colocado o cheio para lembrar o quão agradável é ter um lembrança não somente vista, mas ate mesmo sentida.

SIMONE CRISTINA RODRIGUES MUNIZ

Ver com o coração


Nesta caixa procurei por tudo que me faz lembrar algo da minha vida, do que passou e do que me faz forte.
São cinco itens que descrevo nesta caixa de lembranças; 
Um cheiro, perfume;
Família;
Cachoeira;
Deus;
Amor.
Desse cheiro deixei um vidro vazio de perfume muito antigo no canto dentro da caixa, me faz lembrar o tempo em que tinha uns quatorze anos, quando estava na oitava série;
O colorido dessa caixa que coloquei por fora, procurei por cores alegres, que desse um certo conforto para aqueles que olhar, que me leva a lembrar do segundo item de que mencionei “ família”, é o colorido que quero buscar, todos os dias, que aquece, e dá alegria, desta forma, fazendo transformar sonhos em realidade, sonho de ver minha família, com uma cor que só a luz do coração pode pintar;
Quanto à cachoeira, pintei por dentro da caixa de azul claro e escuro, esta cor me leva a uma paz, uma sensação de liberdade, a mesma sensação que tinha quando era criança e meu pai me levava a este lugar, não só de liberdade como também de alegria, ter esta cor por dentro da caixa é querer trazer do interior a paz que excede todo entendimento;
O coração dentro da caixa representa um coração que traz todas as lembranças, tudo aquilo que não se pode pegar, mas que verdadeiramente existiu e foi escrito por Deus, é onde esta o Soberano, aquele que me dá força, que me livra de todo mal, que me mostra o caminho que devo andar, é Ele que de todo esse passado, essas lembranças, me faz recordar com alegria, por esperar Nele é que me mantenho de pé, que me alegro em prosseguir. É lá que está depositado todo amor que Deus coloca em mim, amor que desejo e que espero, na minha vida sempre, e pra todos, por que se não tiver amor não veremos a Deus.
Ver com o coração é maneira mais sublime de amar uns aos outros, e crer no impossível, mas entender que tudo podemos naquele que nos fortalece.


TALITA ROBERTA DE LIMA

A Caixa das Lembranças


As lembranças são visitas ao passado, são memórias belas de aprendizados e compreensão da vida. Quando se é adolescente, quer – se viver tudo de uma vez só, e somente com a maturidade é que conseguimos adquirir a experiência que as coisas não acontecem como planejamos.
Minha caixa das lembranças começa com o lado exterior: craquelê marrom com betume envelhecido. Por que será que gostamos de coisas antigas? Por que gostamos de nos expor o mínimo possível quando falamos de lembranças?
Refletindo melhor, a caixa pode ser aquilo que somos ou aquilo que os outros pensam que somos. Minha caixa está ligada, em grande parte com minha adolescência. Talvez uma melancolia de um tempo que vivi intensamente. Quando me deparo com ela, e vejo aquele fundo claro, só penso em viver a vida, ter saúde e continuar juntando mais lembranças. O anel ganhei de minha tia falecida, Luiza. A caixa de música do meu namorado, o Box do Zezé Di Camargo & Luciano e os livros da Saga Crepúsculo comprei, mas o objeto mais importante é o meu diário.  Esse ganhei de uma pessoa de quem era amicíssima e que infelizmente se mudou pra outra cidade. Nós perdemos o contato, mas continuo me lembrando dela.
Ás vezes olho pra esses objetos e me deparo com uma coisa: a armadilha do tempo, sempre implacável, nunca se retarda, nos acompanha e nos alegra, nos aborrece  e nos fortalece. Nossas memórias devem ser preservadas, afinal somos nós representados num objeto, lembramos alguma coisa, lembramos de uma pessoa, sorrimos e choramos, sempre que vamos partir por um longo tempo deixamos algum objeto ou retrato para alguém.
Afinal, nossas digitais nunca se apagam das vidas que tocamos.

MARCO PEIXOTO



Minha caixa da memória é um recurso didático e ela foi concebida para tentar trazer à tona lembranças que julgo ser comum a grande maioria das pessoas. Não se trata, portanto, de um trabalho artístico.
As cores, o verniz e os arrebites foram usados numa tentativa de deixá-la com aspecto de coisa antiga.
As frases são o principal recurso e foram escolhidos para alcançar o maior número de pessoas possível. Assim, esses “bilhetinhos” foram selecionados para fazer com que o observador encontre os objetos do seu passado dentro de si mesmo.
 “Você se lembra do seu bichinho de estimação?
 De como era bom brincar com ele?
 Consegue lembrar-se dos olhos, daquele olhar meigo, querendo só um pouquinho de carinho?
Dá saudades, não dá?”
A maioria das pessoas teve bichos de estimação que marcaram sua infância. Eu tive um cachorro e até hoje tenho a feição dele muito clara na minha mente (tive outros animais de estimação: cachorro, gato coelho, mas não era como esse a que me refiro), gostava muito dele e sei que isso é comum a muitas pessoas.
“Qual era a comida que mais gostava quando você era criança? Consegue se lembrar do cheiro, do gosto
Era sua mãe ou de sua vó quem preparava?”
Até os cinco anos, minha mãe ia comigo à casa da minha vó todos os dias e ela me dava um ovo esquentado com sal. Não se trata de nenhuma comida especial, mas sempre me lembro. O cheiro e o gosto de alguns alimentos ficam “arquivados” em nossa memória, nos remete a nossa infância e é muito bom quando por acaso somos transportados para o nosso passado através do cheiro ou do gosto.
A minha caixa da memória tem a pretensão de fazer com que a pessoa ao ler as mensagens, seja levada ao seu passado. Evidentemente, nem todas as frases terão significado, por isso tentei buscar lembranças que sejam comuns a maioria das pessoas.
Essa caixa pode ser usada como pretexto para uma aula sobre patrimônio, partindo da memória individual para a coletiva; demonstrando, através da emoção, a importância de se preservar a memória.






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