segunda-feira, 19 de setembro de 2011

E você, que memória deixará impressa no grande livro da humanidade?


MARCO ANTONIO PEIXOTO
VALERIA DA PASCOA BORGES
3º ano Educação Artística - Licenciatura

“A morte é mais leve do que uma pluma. A responsabilidade de viver é tão pesada quanto uma montanha”.
Ditado Japonês




Em determinado instante tudo cessará...
O documentário: “Nós que aqui estamos e por vós esperamos”, refere-se à única certeza que temos desta vida. Onde estaremos todos juntos, no maior frio, silêncio e quietude. Que impotência estar diante a esses sentimentos que o filme nos suscita. Ele nos traz memórias difíceis de digerir, talvez fosse melhor que ficassem no passado bem distante.
Quantas pessoas morreram no século XX!? Guerras, epidemias, “causas naturais”, etc. Quem viveu muito? Quem viveu pouco? Sobretudo quem viveu plenamente ou tirou da vida o máximo de proveito?
Assistindo a esse documentário pode se chegar a conclusão de que a “vida é realmente breve”. Assim, o que realmente é importante? Se souber responder essa pergunta, você pode se considerar um privilegiado; vai chegar ao final da estrada com a certeza de que fez a coisa certa, de que aproveitou o máximo. Mas quem aproveita o máximo? Jimi Hendrix aproveitou o máximo? O bandido da luz vermelha – ficou 30 anos na prisão - aproveitou o máximo? A mãe que se dedicou aos filhos e mais nada fez a não ser cuidar deles (como se isso não fosse muito) aproveitou o máximo? Você está aproveitando bem a vida que tem? Há pessoas que trabalham de segunda a sábado e à noite assistem à novela, em uma rotina interminável, como o trabalho de Sisifo; aos domingos vão à casa da sogra ou da mãe – de quando em vez alternam – assistem a domingueira programção da Tv aberta para começar tudo “novamente” na segunda. Essas pessoas a que me refiro talvez acreditem viver plenamente. Estão certas a vida de cada um pertence a ele próprio e ninguém deve dizer o que fazer com ela; ai de quem cair na tentação de acreditar que uma pessoa pode saber o que é melhor para o outra.
Nós também não nos atrevemos a dizer qual é o significado de aproveitar a vida. Afinal a projeção faz parte da nossa psique e tudo é projeção (ou vaidade, como está escrito no Eclesiastes). Salomão, no fim da vida e depois de ter tido aproximadamente 350 mulheres, disse que passou a vida correndo atrás do vento. Corre-se o risco de se achar que se vive plenamente e no fim chegar-se a mesma conclusão.
Mas o documentário não é só reflexão sobre a brevidade da vida, muito menos de como se deve viver. Ele mostra também as transformações tecnológicas, o avanço das ciências e há, evidentemente, uma crítica em relação a esse desenvolvimento. Afinal o Taylorismo, que é uma evolução do sistema de produção capitalista, foi aplicado pelo III Reich na “questão judaica” de forma inequivocamente eficiente.
De tudo o que se viveu, de tudo o que se passou, só ficaram e ficarão as memórias.
Essa memória pode ser triste, alegre, emocionante ou entediante depende das escolhas que foram feitas no decorrer da vida vivida.
Que memória você deixará?
As guerras persistem e insistem em nos dizimar. São guerras emocionais, sociais, intelectuais, onde o egoísmo e o orgulho falam mais alto.
Diante das misérias causadas pelas guerras, cabe aqui lembrar o ditado Japonês: “A morte é mais leve do que uma pluma. A responsabilidade de viver é tão pesada quanto uma montanha”. Períodos que são tão difíceis que o melhor seria finalizá-lo. Assim, findar a dor, angústia, opressão, massacre, desrespeito, injustiça, enfim todo sofrimento.
Entretanto, há outros períodos que deveriam ser eternizados pela sua beleza, por seu encanto e por sua plenitude.












REFERÊNCIAS


Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%B3s_que_Aqui_Estamos_por_V%C3%B3s_Esperamos>. Acesso em: 07 set. 2011

Nós que aqui estamos, por vós esperamos. Direção: Marcelo Masagão. 1998.




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