sábado, 31 de dezembro de 2011

Um castelo se desmancha no pampa... e dentro dele, uma biblioteca contendo livros raros como a Enciclopédia Francesa

REVISTA BRASILEIROS
Edição 51, outubro de 2011



Cercado por parreirais, lembra um burgo alpino, mas está localizado no sul do Brasil. O castelo de Pedras Altas, com 44 cômodos, 12 lareiras, torre com ameias e mais de cem anos de história, construído por um diplomata como uma declaração de amor à mulher, hoje enfrenta uma dura batalha contra o tempo e o vento
texto Geraldo Hasse fotos Marcelo Curia
Há um século, os trens que ligavam as cidades do oeste gaúcho (por exemplo, Bagé, a "rainha da fronteira") aos portos de Rio Grande e Pelotas (a Atenas rio-grandense) paravam em frente ao castelo de Pedras Altas, construído no meio do pampa deserto pelo fazendeiro, político e diplomata Joaquim Francisco de Assis Brasil (1857-1938). Mesmo que não houvesse passageiros para subir ou descer, todo comboio parava na estaçãozinha singela para o embarque de pacotes com a produção da Granja Pedras Altas, o grande orgulho do homem que, em 1903, redigira o Tratado de Petrópolis, pelo qual o Brasil anexou o Acre, obra-prima do Barão do Rio Branco. Eram queijos, manteiga, doces e frutas secas. E lã de ovelha. E banha de porco. Frequentemente, saíam dali vagões lotados de animais das raças devon, jersey, karakul, ideal e puro-sangue inglês, todos vendidos como matrizes, jamais como carne para açougue.

Foi nesse ermo, a 20 km da fronteira com o Uruguai, que o legendário Assis Brasil tentou provar o que havia aprendido em suas visitas a fazendas dos Estados Unidos e da Europa, onde atuou como embaixador do Brasil na virada para o século XX. Ele quis demonstrar que em uma pequena área bem manejada se poderiam obter resultados melhores do que nas tradicionais estâncias gaúchas onde o gado era criado ao deus-dará, como no tempo dos jesuítas. Para agradar a esposa Lydia Pereira, portuguesa nascida na Alemanha, onde o pai era embaixador, Assis Brasil mandou construir um castelo em granito rosa, pedra típica da região. Com 44 cômodos e 12 lareiras, a obra levou oito anos para ficar pronta. No piso da entrada do jardim, Assis Brasil mandou gravar na pedra a seguinte quadra de sua autoria:

Bem-vindo à mansão que encerra
Dura lida e doce calma:
O arado que educa a terra;
O livro que amanha a alma.


O projeto andou enquanto Assis Brasil viveu, sempre cercado de amigos, clientes, políticos e admiradores. Inimigos? Não os teve. Quando muito arranjou adversários, a quem enfrentava exclusivamente no gogó, sem jamais recorrer às armas, que só usava para se exibir - era excelente atirador. Metido no meio dos caudilhos, consagrou-se como "chefe civil da revolução", movida pelos maragatos contra o chefe chimango Antonio Augusto Borges de Medeiros (1863-1961), "o eterno presidente" do Rio Grande do Sul entre 1898 e 1927. O ex-senador Paulo Brossard, que descreveu Assis Brasil em livro, resumiu-lhe o caráter e o estilo em uma única palavra: "cavaqueador". Assis era um conversador profissional, dava um boi para entrar em uma polêmica; e uma boiada para não sair dela. A luta pelo poder foi sua "cachaça", sua glória e sua perdição: ao entrar em paradas políticas que mais de uma vez o levaram ao exílio, ele comprometeu o futuro do seu empreendimento que, além de objetivos rurais, tinha pretensões culturais.

Quando morreu, na noite de Natal de 1938, Assis Brasil deixou dívidas que nos anos seguintes exigiriam a venda de outras propriedades das quais a família tirava renda para ajudar a sustentar o sonho de autossuficiência da sua granja. Reduzido a 170 hectares (metade da área original), o projeto segue em pé, mas expurgado de fantasias destruídas pelo tempo e o vento. Dos pomares, por exemplo, restaram alguns vestígios, como pereiras gigantescas e o suporte das videiras. Entretanto, em uma confirmação de que o fundador tinha razão quanto às propriedades do solo e do clima para a fruticultura de clima temperado, nos arredores de Pedras Altas começam a aparecer os vinhedos implantados por empresários da região de Bento Gonçalves, a capital do vinho gaúcho.
Marco da modernização agrícola no alvorecer do século XX, o castelo tornou-se símbolo anacrônico da obsolescência tecnológica que permeia a vida no campo. Desde os anos 1980, o arado não é mais o instrumento fundamental de amanho do solo - hoje se usa o plantio direto, com auxílio de máquinas que aplicam dessecantes vegetais (herbicidas) antes que as sementes (transgênicas, em muitos casos) sejam colocadas nos minissulcos abertos por tratores orientados por GPS. Quando Assis Brasil fez seu projeto, o Brasil usava exclusivamente a tração animal - o primeiro trator entrou no País em 1911.

Mais isolado do que antes, pois há quase meio século a ferrovia foi retificada, desviando-se 20 km ao norte, o castelo lembra um burgo alpino situado a 400 m de altitude, na região menos campestre do Pampa. Por ali predominam os "campos sujos", pontilhados de capoeiras e pedras, de onde se vê a fumaça da usina termelétrica de Candiota, que gera energia a partir da queima do carvão mineral. Apesar do isolamento, ou talvez por isso mesmo, o pitoresco edifício europeu deu origem a uma vila que acabou virando município. Pedras Altas é tão pobre que ainda não tem nenhuma estrada asfaltada. Se não faltarem recursos para o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), é provável que até 2014 esteja pronto para inauguração o primeiro trecho de pavimento coberto com asfalto.

Durante anos entregue aos cuidados de empregados, o castelo serve de moradia para apenas uma solitária neta do pioneiro, Lydia Costa Pereira de Assis Brasil, de 57 anos, que assumiu a responsabilidade de tomar conta da propriedade após o fim do inventário, na última década do século XX. Desde a morte de Assis Brasil, há 73 anos, a propriedade só foi dirigida por herdeiras-mulheres. A atual administradora é a terceira Lydia da dinastia. Moram dentro da propriedade, em casas normais, suas duas filhas, Adriana e Joana, ambas casadas. Solidários, os genros ajudam como podem, mas ali todo mundo está consciente da verdade: a granja, ainda fiel à criação das raças bovinas devon (carne) e jersey (leite), trazidas da Inglaterra pelo pioneiro há mais de um século, sobreviveria sem o castelo, mas é incapaz de sustentá-lo, ainda mais agora que a construção está minada por infiltrações naturais no clima úmido do Pampa.

A ordenha diária de 13 vaquinhas jersey rende pelo menos 200 litros de leite por dia, mas isso não basta para a manutenção da propriedade. Há anos vislumbra-se uma saída no turismo cultural, tanto que a bisneta Joana especializou-se nesse curso, mas a saída está travada por obstáculos burocráticos. A própria Lydia abriu espaço na sua agenda para receber curiosos. Começou pedindo R$ 1 por cabeça, hoje cobra R$ 18, tarifa que ajuda a selecionar o público.

Além de mostrar os cômodos abertos, no piso térreo, ela conta a história que começa com a compra do terreno em 1904, o fim da obra em 1912 e a interferência oficial há 12 anos, quando o governo Olívio Dutra (1999-2002) deu início a um processo de tombamento só concluído em 2010, no final do governo de Yeda Crusius (2007-2010).

A parceria com o governo estadual começou depois que apareceu um misterioso empresário disposto a comprar o castelo. Antes que a maioria dos 19 herdeiros começasse a discutir a venda do castelo-problema (dá prestígio, mas custa caro), Lydia recorreu ao Ministério Público. O procurador Sergio Marin, admirador da obra de Assis Brasil, mandou o governo tomar conta do sobradão; o tombamento foi iniciado em regime de emergência. Como o governo estadual não tinha (nem tem) dinheiro, tudo continuou como antes em Pedras Altas.

Por iniciativa da castelã, foi feito um projeto de restauração do prédio histórico. Aprovado pela Lei Rouanet, não recebeu nenhuma doação empresarial. Orçado em pouco mais de R$ 5 milhões, o projeto caducou. Agora está sendo feito um novo orçamento, que deve passar de R$ 6 milhões. Por coincidência, o secretário estadual de Cultura do governo Tarso Genro (2011-2014) é o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil, 65 anos, primo de Lydia.

Considerado o sucessor de Erico Verissimo, esse Assis Brasil (ramo pobre) escreveu mais de uma dezena de romances. Em um deles, o personagem principal é inspirado no velho Assis Brasil, mas o resultado final beira a caricatura. Por isso, talvez, os primos não se deem muito bem. São apenas naturalmente distantes, cada um em sua torre, encastelados ambos, como os maragatos e os chimangos de outrora. Enquanto isso, o tempo e o vento vão desmanchando o castelo de Pedras Altas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Congada:Berço da Nova Geração Paraisense

Talita Roberta de Lima


Apresentação
Neste projeto discutiremos a importância da Congada na cidade de São Sebastião do Paraíso, que sempre acontece na Praça da Igreja Matriz de São Sebastião, no centro da cidade, entre os dias 26 a 30 de dezembro. É considerada atualmente a maior da região, tendo nove ternos de Congo e seis de Moçambique, reafirmando a religiosidade de seus participantes, sendo um dos exemplos mais claros do sincretismo religioso. Além dos elementos católicos e religiões ancestrais se misturam e tornam-se indissociáveis, assim imagens de santos se misturam a tambores e outros instrumentos, enquanto hinos são entoados com ritmo africano. Em Paraíso, a Congada possui características locais bem definidas, com forte conotação religiosa, respeito ao folclore e realização de desfiles belíssimos que regatam a tradição, a alegria e a cultura popular, estando presente no município desde sua fundação em 1821. Até hoje, a festa transforma Paraíso na Capital da Congada e no maior centro de congadeiros de Minas Gerais, atraindo um grande público.

Objetivos


Atrair os jovens da cidade de São Sebastião do Paraíso para prestigiar a Festa da Congada.


Justificativa

Na pesquisa feita sobre a cidade, a maioria dos jovens afirmou que não gostam da Congada por ser uma festa que atrai pessoas mais velhas. Eu os adverti, pois a Congada não atrai somente pessoas mais velhas, a maioria sim são pessoas mais maduras, porém os jovens e algumas crianças acompanhadas dos pais prestigiam a Congada Paraisense. Eu mesma, já dancei congo e particularmente sou apaixonada por tal festa, afinal, quando criança, vinha passear em São Sebastião do Paraíso e adorava assistir a Congada com meus pais e familiares.
EVITE VERBOS NA PRIMEIRA PESSOA
Desenvolvimento

O Terno de Congo União, já lançou três CD’s. Muito popular sempre está entre os finalistas, pois nesta festa também se é premiado. É uma forma de competição onde quem se dedica mais, recebe um prêmio da prefeitura como incentivo pelo trabalho apresentado. Ou seja, boa parte da cidade tem algum CD deste terno em casa. Minha proposta abrange a juventude paraisense que não manifesta atração pela festa da Congada.
 Seis meses antes de começar a Congada, em junho, faria uma visita ao barracão do terno e conversaria com o capitão Alex Paschoini, e perguntaria se ele gostaria de aumentar o número de participantes no terno, e exporia minha idéia, se ele concordasse partiríamos para as escolas e divulgaríamos um Concurso Cultural sobre a Congada, onde os alunos, em grupo de dez pessoas deverão obter a letra da música do Terno de Congo União, “Cantar dos Passarinhos”, pois nesta letra há muitas citações de nossa cidade e utilizar outro estilo musical para cantar a canção, exemplo: Samba, MPB, Hip Hop e talvez até algum estilo clássico.
 Proporia aos alunos para se organizarem na caracterização e nos instrumentos musicais, poderão pedir ajuda da família. Também os atentaria para a premiação, pois o melhor grupo poderia se apresentar junto ao terno de congo, além de receber um prêmio da prefeitura. Entretanto o melhor que deve ser ressaltado é a importância cultural que a Congada tem para nossa cidade e que não podemos deixá-la acabar. Devemos nos atentar as nossas origens e não se corromper com a onda da tecnologia que invalida nossas raízes. Afinal a maioria dos jovens cresceu ouvindo a Congada junto aos pais e avós.
 DETERMINAR O QUE É CADA ETAPA: OBSERVAR E REGISTRAR

ONDE ESTÁ O EXTRAPOLAR?
Bibliografia

Revista Cultural de São Sebastião do Paraíso – Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural
Autor: Pedro Sérgio Delfante
Edição: Agosto/2011





Pesquisa sobre a cidade São Sebastião do Paraíso
Número de Pessoas Entrevistadas: 20 Idades: de 12 anos a 77 anos

1-    Qual o lugar ou paisagem que melhor representa a sua cidade?

Ipê Amarelo: 30%
A Praça da Igreja Matriz: 25%
A Praça da Lagoinha: 20%
A Praça da Estação: 10%
Morro do Baú: 10%
Praça da Fonte Luminosa: 5%

4-Qual festa mais importante da sua cidade?

Congada: 45%
Expar: 45%
Festa da Igreja Nossa Senhora da Abadia: 5%
Festa em prol do Asilo: 5%

5- Qual a comida, quitute ou bebida típica?

Pão de queijo: 50%
Pizza: 5%
Prato JK: 10%
Torresmo: 5%
Doce de leite: 10%
Pinga: 5%
Queijo: 5%
Feijoada: 5%
Broa de fubá: 5%

6-Qual artesanato característico?

Crochê: 40%
Bordado: 30%
Pintura: 10%
Tricô: 5%
Fuxico: 5%
Biscuit: 5%
Bambu: 5%
7-Edificação Histórica da cidade:

Casa da Cultura (museu): 50%
Igreja Matriz São Sebastião: 25%
Morro do Baú: 10%
Prédio dos Lacticínios Aviação: 5%
Praça Fonte Luminosa: 5%
Colégio Santa Paula Frassinetti: 5%

8- Cite um lugar que você gosta de ir em sua cidade:

Original Chopp: 20%
Praça da Fonte Luminosa: 15%
Cinema: 15%
Praça da Igreja Matriz São Sebastião: 10%
Praça da Lagoinha: 5%
Clube Esportivo Tubarão: 5%
Ouro Verde Tênis Clube: 5%
Posto do Sol: 5%
Morro do Baú: 5%
Bacana Sorveteria: 5%
Centro Social Urbano: 5%
Igreja do Colégio Paula Frassinetti: 5%


TALITA

A PROPOSTA ESTÁ COERENTE, MAS NÃO ABORDOU AS ETAPAS DE FORMA CLARA.


É hora de valorizar nosso patrimônio cultural – Igreja Paroquial – Matriz

RAFAELA

  1. Apresentação: O trabalho com as heranças culturais de sua região permite que os jovens aprenda a resguardar a memória da comunidade e se sintam parte dela.
O QUE É O PROJETO, POR QUEM SERÁ DESENVOLVIDO, POR QUENTO TEMPO, QUAL A PRINCIPAL MISSÃO...ESSAS INFORMAÇÕES SÃO RELEVANTES NA APRESENTAÇÃO, ASSIM COMO CONCEITOS SOBRE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL


  1. Objetivos:     
Destacar um patrimônio cultural;
 Incentivar as pessoas a ir neste lugar;
Mostrar a beleza da igreja do interior;

    1. Justificativa: A aula foi planejada como temática central um lugar – Igreja Paroquial - Matriz de São José da Bela Vista.

     NESTE ITEM EXPLIQUE O POR QUE DO PROJETO SER IMPORTANTE

    1. Metodologia: Encontro de Jovens; Reunir os jovens no salão da Igreja Matriz e fazer várias perguntas, para que os jovens respondam em uma folha: Reconhecendo a Igreja: Como chama a igreja matriz? Quando foi construída? Quem construiu? Qual o material utilizado para sua construção? Qual o Santo de Devoção? Pesquise sobre a vida do Santo: Como viveu, o que fez, como morreu; Identifique os atributos da imagem; De onde veio a imagem? Quem produziu? Como foi adquirida? Existe uma festa em homenagem ao Santo? Quando, onde e como acontece? Descreve a festa: Entreviste o principal responsável pela festa usando o seguinte roteiro: Nome: Função na festa: Quando surgiu a festa? Por que acontece a festa? Quem financia? Principais participantes: Como acontece a festa: Início, meio, fim. Como é o altar principal da igreja? Descreva o elemento decorativo que mais te chamou atenção. Faça um desenho do interior da Igreja; Identificando as principais imagens e onde estão localizadas.
    A METODOLOGIA NÃO ACOMPANHA AS ETAPAS PROPOSTAS: OBSERVAR, REGISTRAR E EXTRAPOLAR


    1. Público Alvo: Jovens.

      Bibliografia:www.trekearth.com/gallery/South_America/Brazil/Southeast/
      Sao_Paulo/Sao_Jose_da_Bela_Vista/photo428071.htm; PrefeituraMunicipaldeSaoJosedaBelaVista.com.br; Igrejaparoquialdesaojosedabelavista.com;
    1. Anexo:     



      Porcentagem: O lugar mais bem Visitado de Minha cidade, 85% das pessoas visitam a igreja Matriz.
    RAFAELA

    ESTE PROJETO AINDA NÃO É UMA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL. APRIMORE AS ATIVIDADES, DETERMINE SEPARADAMENTE AS ETAPAS, ENUMERE O POTENCIAL DE SEU OBJETO E DESENVOLVA MELHOR A PARTE DE TEXTO E ARGUMENTAÇÃO.

    Secretaria Executiva de Administração do Estado SEAD

    Estudo de Caso de uma Edificação de Linguagem Modernista em Belém do Pará


    FLÁVIA DAMASCO RODRIGUES

              Em meados dos anos 60, o arquiteto e engenheiro Camillo Porto de Oliveira, projetou uma casa uni familiar em Belém do Pará, em linguagem modernista, localizado no bairro Batista Campos onde o uso do solo era predominantemente residencial, sendo seus moradores de classe média e classe média alta. Mas hoje, por causa de uma “reciclagem natural”, esta casa é ocupada por uma das unidades do órgão público da SEAD.


    Projeto originalmente concebido para ser habitação uni familiar.

              Este novo tipo de uso está relacionado ao processo de crescimento do bairro, onde nos anos 80, houve uma instalação de grandes magazines e que no inicio dos anos 90, foram substituídos por um shopping, levando assim vários imóveis residenciais a serem usados como serviço, comércio e misto, tornando-se um bairro comercial, acarretando assim, a falta de segurança do local depois do horário de expediente do comércio, diminuindo ainda mais o número de uso habitacional do local e também acaba tornando inviável o seu uso original.
              A “reciclagem natural” acabou descaracterizando alguns acervos arquitetônicos do bairro, onde havia vários estilos, como art deco, neocolonial, eclética, moderna entre outras, esta descaracterização é devido a falta de informações e de auxílios governamentais para orientar a preservação dos imóveis.
              Em decorrência deste novo uso ao imóvel levou a alguns danos à edificação, pois houve várias adequações para tornar uma residência em uma instituição pública, sendo eles: o acréscimo de um muro de 2 metros de altura, que acabou tirando um dos conceitos que Porto usava em seus projetos residenciais, que é a ausência de qualquer elemento que bloqueasse a visibilidade das fachadas, sendo que era o elemento de grande destaque em suas obras; o fechamento da garagem esquerda levou a perda de equilíbrio entre os volumes da edificação; as adequações na residência como a elevação de paredes para delimitar os novos ambientes, acabou perdendo a integridade da planta original, sendo assim mais difícil de identificar os novos ambientes; a subutilização da área externa da edificação, principalmente da piscina que perdeu totalmente sua função.

    Piscina

              Um grande problema também encontrado nesta edificação, que é comum em obras de interesse a preservação que são ocupadas por órgãos públicos, é o descaso quanto a conservação e a desorientação quanto a reformas de interiores para as novas adaptações, um destes problemas encontrados nesta edificação podem ser vistos nas fotos a seguir:

    de manutenção na cobertura acarretando infiltrações na parte interna da edificação


    Revestimento interno em péssimo estado de conservação.

    Adaptações improvisadas da rede logística e elétrica

    Uso das áreas externas da edificação como deposito

             Por esta obra não ter sido planejada para uma instituição pública, há grandes deficiências no local para adequar às novas necessidades do novo uso, como o grande fluxo de pessoas, que não comporta as áreas de circulação que tem larguras mínimas; para atender às novas necessidades, teve que subdividir os ambientes em salas, com o uso de divisórias de Eucatex, acarretando, em alguns ambientes, uma deficiência na iluminação e ventilação.
              Pelo levantamento histórico pode-se ver que o projeto não apresenta perdas irreversíveis quanto à leitura do projeto, podendo, assim, com um estudo mais aprofundado do lugar se chegar a planta original. Nota-se que a falta de um projeto para adequar esse novo uso, acarretou em dificuldades funcionais dos ambientes para os usuários. E viu-se também que, se não houver uma melhor conservação do local, futuramente levará a sérios danos a mesma.
              Na cidade de Belém há um grande descaso pela preservação e conservação do acervo arquitetônico de linguagem moderna, isso se deve ao saudosismo em relação as obras da Belle Époque, onde se valorizava o ornamentos, as cores vivas e as formas orgânicas.
              Seria necessário a organização de debates e simpósios para incentivar e orientar a população para uma melhor conservação desses acervos e também para mostrar o valor que esses bens tem para a história da cidade.


    FLÁVIA

    MELHOROU MUITO MAS AINDA FALTOU AS FONTES DA PESQUISA.



    EDUCAÇÃO PATRIMONIAL: CONHECENDO AS CRIAÇÕES DE JF

    VALERIA DA PASCOA BORGES



    “Não existe um momento ou compreensão que não seja ao mesmo tempo criação. O ser humano é por natureza um Ser Criativo. No ato de perceber, ele tenta interpretar. Nesse interpretar, já começa a criar”.
                                              Fayga Ostrower

    APRESENTAÇÃO

    De acordo com a pesquisa realizada sobre a memória da cidade de Sacramento pode-se obter os seguintes resultados:
    O lugar que melhor representa a cidade é a Gruta dos Palhares, correspondendo a 69%; depois Colégio Allan Kardec, 11% e Igreja Matriz com 7%.
    A freqüência que as pessoas vão a este local, 52% raramente; 23% regularmente e 21% muitas vezes.
    A festa mais importante da cidade é o Carnaval e o aniversário da cidade (Exposição) correspondendo igualmente a 40% cada uma; dia do trabalho com 28%.
                            O quitute típico é o pão de queijo com 35%; queijo com 33%.
                            O artesanato característico é o crochê com 40%.
                            Edificação histórica da cidade é o Colégio Allan Kardec com 28%.
                            Lugar que as pessoas gostam na cidade é o Colégio Allan Kardec com 16% e Igreja Matriz com 11%.
                            97% das pessoas gostam da cidade de Sacramento.
                            Todos consideram a memória da cidade importante.
                            Após a realização desta pesquisa, escolheu-se realizar uma ação educativa sobre o artesanato do município. PORQUE....PARA....
                            Sacramento é um município que tem uma grande extensão, sendo que Quenta Sol faz parte da zona rural e fica aproximadamente a 50 km. E é neste lugar que mora o artesão, Sr. Joaquim Ferreira Neves, nascido em São Roque de Minas, também é repentista, trovador, desafiador e poeta.
    O Sr. Joaquim Ferreira, assina em suas peças J.F., por isso este projeto refirá a ele como JF. Em seu trabalho utiliza-se materiais naturais encontrados no município, tais como madeira, cabaça, sementes, pinus, bambu, etc. Esses materiais ao receberem sua marca, tornam-se produtos culturais, transformando-se em objetos por meio dos quais se expressa.
                            Historicamente, os primeiros artesãos surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e descobriu a tecelagem das fibras animais e vegetais. No Brasil, o surgimento também é desta época, sendo que a consolidação das técnicas artesanais se deu entre nós, como resultado de transculturações entre índios, negros e brancos, no decorrer de quatro séculos.
    OBJETIVOS
    - Conhecer e apreciar o artesanato realizado por JF;
    - Promover exposição a partir da visita realizada ao JF, através de fotos e exibição de vídeos;
    - Reconhecer e preservar os valores culturais.
    JUSTIFICATIVA
    O artesanato reveste-se sempre de uma importância especial, enquanto forma de identidade cultural e de perpetuação de tradições.
    A diversidade cultural pode ser retratada através do artesanato, ressaltando a identidade do seu povo. (mesmo sentido da frase acima)
     O produto artesanal de JF é fruto de sua criatividade e também da influência do seu meio.
    Os trabalhos artesanais se dividem em dois grupos. No primeiro, os produtos ligados intimamente à cultura de uma comunidade, influenciados pela tradição local e pelo saber fazer. No segundo, aparecem os chamados trabalhos manuais, que são confeccionados com matéria-prima industrializada e não resultam diretamente de heranças culturais.
    De acordo com a Constituição Brasileira de 1988, constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: as formas de expressão; os modos de criar, fazer e viver; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. (BRASIL, 1988).
    O artesão tradicional é o agente que conhece o meio onde se situa, domina técnicas para construir trabalhos manualmente e possui sensibilidade para criação, assim é JF.
    O trabalho artesanal é mais do que uma fonte de renda, é a forma de expressão do artesão, de elevar sua auto-estima; em seu trabalho há emoção, sentimento, sensação e história.
    frases soltas que demonstram seu raciocínio mais não deixam claro a sua justificativa 
    METODOLOGIA
    • Observar
    Os alunos deverão visitar o Quenta Sol, realizando uma excursão para conhecer o artesão JF, seu local de trabalho e suas peças.
    • Registrar
    Os alunos deverão registrar através de fotos e também filmar toda visita. Cada peça de JF tem uma história que é improvisada no respectivo momento.

    • Extrapolar
    Os alunos deverão realizar uma exposição, exibir os vídeos e as fotos realizadas durante a visitação a JF. para quem e onde?

    PÚBLICO ALVO
    Os alunos do Colégio Rousseau de Sacramento, cursando o 9º ano.
    CONSIDERAÇÕES FINAIS
                            O fazer artesanal nos leva a uma perspectiva artística experimental do pensar, conhecer e fazer num processo que parte da expressão intuitiva, e que se alia à associação de idéias, fantasias, analogias, criatividade, consciência, em consonância com a natureza e com o meio ambiente.
    Só preservamos aquilo que conhecemos. Entre os instrumentos de preservação do patrimônio destacam-se as ações educativas. Colocar no cotidiano escolar exemplos da cultura e tradição local são estratégias que podem auxiliar no sentido de pertencimento do aluno à sua comunidade, valorização dos saberes dos mais velhos.
    É imprescindível a elaboração e implementação de ações educativas para a valorização do patrimônio cultural brasileiro e sua preservação no âmbito da própria comunidade, como elemento central de sua identidade.

    REFERÊNCIAS
    Artesanato. Disponível em <http://www.liderisp.ufba.br/modulos/artesanato.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2011.
     BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 1999.
    JOAQUIM FERREIRA NEVES. 1 DVD (30 min.) color. Produzido por Bieeder filmagens.
    O artesanato e a sua importância na economia e na cultura brasileira. Disponível em <http://www.webartigos.com/artigos/o-artesanato-e-a-sua-importancia-na-economia-e-na-cultura-brasileira/15399/>. Acesso em: 12 nov. 2011.
     PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL EM ORIXIMINÁ – PA. Disponível em <http://orixi.wordpress.com/2010/10/23/implicacoes-socio-educacionais-do-artesanato-em-oriximina/>. Acesso em: 12 nov. 2011.
    ANEXOS











    

    PROJETO DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL Igreja Nossa Senhora da Conceição- Igreja Matriz

    LUCIANA FIGUEIREDO

    “A memória, onde cresce a história que por sua vez a alimenta,

    procura salvar o passado para servir o presente e o futuro”

                                                                   Jacques Le Goff



    1-    Apresentação

    Este projeto está voltado para todo público em geral que freqüenta a igreja, mas não conhece sua história.

    (A apresentação faz uma introduçãoao trabalho, explica alguns termos importantes como no caso o que significa Educação Patrimonial, quem éo proponente e a principal missão do projeto)

    2-    Objetivo
    O projeto tem como objetivo conscientizar toda a população sobre uma das primeiras e mais importante edificação histórica da cidade de Franca, fazendo com que observem a relação entre arte, cultura e patrimônio histórico e que valorizem a sua herança cultural.

    3-    Justificativa

    Depois do questionário aplicado para saber algumas coisas sobre a memória da cidade de Franca, pude perceber  através das estatísticas que pouco se conhece da primeira edificação histórica da cidade.  Por isso a montagem deste projeto.

    Gostaria de levar a população um pouco mais de  sua herança cultural, tendo como destaque a Igreja Matriz e toda arte nela possuída, desde sua construção até os dias de hoje.
          (poderia incluir dadosdo questionário no trabalho) 

    4-    Metodologia

    O projeto será montado dentro da própria igreja, para que fique em fácil acesso aos freqüentadores da mesma ou aqueles que queiram conhecê-la.

    Será projetada imagens comentadas por áudio que mostra desde o início de sua construção, suas reformas até os dias atuais.

    Ao lado terá uma mostra de fotografias tiradas de vários arquivos que ficarão expostas pra apreciação.

    Depois num segundo momento farão uma visita por toda igreja para melhor conhecê-la, acompanhada por um monitor que irá dar as explicações necessárias sobre seu estilo, pintores, escultores e outras obras que estão na igreja.

    Para finalizar será entregue um folder falando um pouco sobre esta edificação e algumas fotos. Tudo com intuito de fazer com que as pessoas comecem a valorizar e a ter atitudes de preservação do patrimônio histórico e cultural e de sua memória.

     Lembre-se que na metodologia era preciso passar pelas três etapas: Observar (colocar seu público em contato com o objeto), registrar (propor ações de registro feitas pelo público) e do resultado obtido neste processo extrapolar para outros públicos.

    5-    Um pouco de sua história

    A Igreja Nossa Senhora da Conceição, a mais antiga da cidade foi criada em 1898 e onde aos arredores era o ponto de encontro dos habitantes da vila, principalmente aos domingos. No início possuía característica arquitetônica basicamente colonial e ocupava o lugar de destaque do vilarejo, exatamente no topo da colina. Depois a igreja passa por reformas de inspiração vagamente neoclássica, apenas na fachada principal, pois o corpo e a nave permaneceram intactos.

    A primeira missa foi rezada em 1913, ainda que seu falso gótico estivesse com os tijolos à mostra. Já no século XX a Matriz entra em reforma. Projetada pelo arquiteto Carlos Zamboni, ela tem sua torre totalmente modificada com outra ornamentação, mais detalhes, inclusive ao longo de toda a platibanda lateral. Até figuras humanas completam o novo visual da Igreja, que até então, dada por construída no final dos anos 30. É um dos símbolos da cidade e ponto de referência tradicional.


          A Igreja por volta de 1902, às obras estavam a todo vapor.
    A Igreja Matriz em construção, com todos os andaimes ainda á sua volta, em 1911.

    A Igreja ao fundo em construção ainda sem a cúpula

    Anos 20 com a torre da Igreja Matriz ainda inacabada.

    Meados dos anos 30, Igreja ainda em construção

    Desenho original da fachada da Igreja Matriz, elaborado pelo               arquiteto Carlos Zamboni entre 1937 a 1939.
    A torre da Matriz 1938 sendo concluída com o projeto de Zamboni, ainda toda cercada pelos andaimes de madeira.

    Vista da Igreja Matriz com o caramanchão e sua vegetação em pleno vapor.

    Igreja Matriz no ano de 1956.

    Final da década de 60, a igreja ostenta sua face atual, com uma parada de ônibus a sua frente.

           Anos 70, não há qualquer lembrança da velha igreja colonial.
    Quais os dados que serão ressaltados na monitoria?
    Quais as obras existentes na igreja?

    Bibliografia
    FERREIRA, Mauro.Franca Itinerário Urbano.1. São Paulo:Laboratório das Artes,1983.171p.
     fonte das imagens