domingo, 15 de julho de 2012

PROJETO OFICINA ESCOLA DE ARTES E OFÍCIOS





















CONFEITARIA COLOMBRO - PATRIMÔNIO CARIOCA



  

       

De sua inauguração em 1894 até os dias de hoje, a Confeitaria Colombo conserva intacta a sua própria essência: a de cultivar, dia após dia, a qualidade de seus produtos e serviços, preservando também sua própria história. Foi assim que tornou-se, inclusive, patrimônio cultural e artístico de nosso país.








1983 – A Colombo foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico. Foram preservados seus salões, pesos, elementos decorativos fixados na edificação, as vitrines, a claraboia.




MAIS MARAVILHAS NO SITE
http://www.confeitariacolombo.com.br/site/



ANTIGO MATADOURO DE SÃO PAULO AGORA É A CINEMATECA






As aberturas laterais na Sala BNDES permitem a entrada de luz natural
Cobertura de vidro estabelece relação entre antigos galpões
A mais recente etapa da conversão das antigas instalações do Matadouro Municipal de São Paulo em sede da Cinemateca Brasileira obedeceu ao roteiro idealizado a partir de projeto do arquiteto Nelson Dupré. Além da implantação do espaço de eventos e da Sala BNDES no bloco lateral esquerdo, a intervenção estipulou a cobertura da circulação externa, de forma a estabelecer relação entre os galpões.
Fundada em 1940, a Cinemateca Brasileira - vinculada ao Ministério da Cultura - é responsável pela preservação e divulgação da produção audiovisual brasileira. Desde a década de 1990,ocupa uma série de galpões construídos em 1884(com projeto de Alberto Kuhlman), que funcionaram como Matadouro Municipal de São Paulo até 1927. O conjunto, cedido à instituição pelo município e situado no bairro de Vila Clementino, é tombado pelo Condephaat e pelo Conpresp, órgãos de preservação do patrimônio em âmbito estadual e municipal, respectivamente.
fase inicial de reconfiguração dos galpões, que data de 1989, foi idealizada por Lúcio Gomes Machado e Eduardo de Jesus Rodrigues (leia PROJETO 175, junho de 1994). No entanto, desde o ano 2000 as intervenções passaram a ser coordenadas por Nelson Dupré. Com o ingresso de uma nova diretoria executiva na instituição, no final de 2003, dinamizaram-se as ações em várias áreas, entre as quais se incluiu a aceleração darecuperação física das instalações.
A cobertura envidraçada plana, fixada nas paredes com a ajuda de tirantes, conecta os blocos do conjunto
No fundo do galpão fica a nova sala de exibição
É possível caminhar sobre a cobertura do passeio externo, para fazer a limpeza dos vidros
O núcleo da atual intervenção foi o edifício situado na lateral esquerda do conjunto. Em seu projeto, Dupré seguiu uma linha que não busca restaurar o que poderiam ser elementos originais da edificação. Ele preferiu assimilar e evidenciar as alterações realizadas ao longo dos anos. Houve sutileza na inserção do novo programa, que se mostra claro, sem entrar em conflito com o histórico. O vidro em extensas superfícies foi o material ao qual o arquiteto recorreu com mais freqüência para assinalar sua atuação.
Nos acessos da Cinemateca Brasileira, Dupré substituiu os antigos portões por vedação com vidro transparente. A troca sinaliza, simbolicamente, que a instituição quer se expor - a cogitada ampliação da calçada frontal no largo em que se situa, em vias de ser aprovada pelo município, vai facilitar essa intenção. A solução de transparência foi também adotada na cobertura do percurso externo que conecta os três galpões do conjunto. Protegida no centro e com laterais vazadas para facilitar a circulação do ar, ela é fixada nas paredes com a ajuda de tirantes. No geral, é plana - a ligeira variação no formato na área de acesso deriva do que se supõe que fosse a cobertura original daquele trecho do matadouro.
No galpão onde se situam o salão de eventos e a Sala BNDES, além da área de apoio e da cozinha, as janelas laterais e frontais foram recompostas com esquadrias metálicas e vidros. Com isso, foi possível trazer para o interior desses ambientes uma luminosidade de que não desfruta o bloco paralelo (que abriga a Sala Petrobrás, outro espaço de exibição). O piso é de cimento queimado; no teto, com forro claro, nota-se a estrutura do telhado do tipo shed. As paredes de tijolo aparente ostentam sua irregularidade, mostrando que os fechamentos não foram efetuados no mesmo momento.
No salão de eventos, a linha de pilares e vigas metálicos foi mantida na forma como foi encontrada, incluindo várias camadas de pintura
Na parte frontal do galpão, trilhos do trem que ia até o matadouro estão expostos sob piso de vidro
Vista do fundo da circulação em direção a uma das entradas, no largo
Na parte frontal da edificação, foi mantido e protegido com piso envidraçado um trecho dos trilhos do trem que trazia os animais para o abate, descobertos durante as obras. Na cobertura, não foi possível recompor a estrutura de madeira, já muito danificada. Dupré realizou pesquisas para descobrir como ela foi montada e redesenhou com perfis metálicos as tesouras sobre as quais se apóiam telhas cerâmicas do tipo francesa.
No fundo do galpão, a nova sala de cinema, com 230 lugares, oferece visão perfeita de qualquer ponto da platéia. Como foram mantidas as aberturas nas laterais, um dispositivo comanda a abertura e o fechamento das cortinas, para produzir as condições adequadas para a exibição de filmes. O anexo na lateral direita da sala - uma caixa de vidro com estrutura metálica, contida dentro de paredes parcialmente arruinadas - foi reservado para acomodar futuramente, no nivel térreo, um café. No mezanino estão localizadas áreas de trabalho.

Texto resumido a partir de reportagem
de Adilson Melendez
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 339 Maio de 2008

Nelson Dupré formou-se em 1973 pela FAU Mackenzie, onde leciona desde 2004. É autor, entre outros trabalhos, da conversão de parte da estação ferroviária Júlio Prestes na Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (leia PROJETO DESIGN 233, julho de 1999)
No acesso, os antigos portões, que impediam a vista do
interior do conjunto, foram substituídos por portas
envidraçadas
Com ajuda de dispositivo automático, a sala adquire condições de luminosidade ideais para a projeção de filmes
No anexo, as quase-ruínas da parede lateral, estabilizadas, mantiveram o aspecto com o qual foram encontradas
No pátio (na foto, visto do mezanino do anexo) podem ser realizadas projeções ao ar livre
A caixa de vidro com estrutura metálica, à direita, vai abrigar um café
Croquis
Croquis




http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/nelson-dupre-centro-cultural-17-03-2009.html

CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO





PATRIMÔNIO EM PERIGO


PATRIMÔNIO ROUBADO

O ESTADO DE SÃO PAULO - 20 DE JUNHO DE 2008

domingo, 8 de julho de 2012