domingo, 25 de setembro de 2011

REQUALIFICAÇÃO (PARTE 1)

Everybody knows that our cities were built to be destroyed.”
Caetano Veloso

Difícil assumir esta constatação de Caetano na música "Maria Bethânia", pois quando se planeja uma cidade e se realiza obras, o que temos em mente é a concretização de um projeto realizado de acordo com as necessidades e tecnologias do momento. E é a aí que tudo se torna fugaz, pois tanto as necessidades quanto os recursos tecnológicos estão em constante mutação de acordo com a sociedade e o ambiente em que se vive.
Mas os bens imóveis e logradouros que adquirem o valor de patrimônio histórico, arquitetônico ou artístico de uma cidade (tombados ou não), perdem a perspectiva da fugacidade e são colocados contra a tendência natural de reconstrução das cidades.
Muitas vezes, o desejo de preservação de um patrimônio se choca com perspecivas de novos projetos para uma área urbana, e o patrimônio recebe a identificação taxativa de ser um entrave ao desenvolvimeto.
Não vou entrar na área de planejamento urbano, até porque não é minha epecialidade, mas me atrevo a dizer que não há como realizar um bom planejamento urbano dentro da dinâmica governamental instituída em nosso país, que é renovada a cada quatro anos. Este panorama piora quando os responsáveis pela área de urbanismo são mais políticos do que profissionais capacitados para trabalhar em uma área tão complexa e mutante.
E é neste panorama que as cidades vão crescendo. Pequenos vilarejos se tornam municípios, pequenos municípios se tornam grandes cidades e grandes cidades se tornam grandes metrópoles.
As áreas mais antigas das cidades são seus primeiros núcleos de edificações que formam os centros urbanos. Com o passar dos anos e crescimento das cidades, os centros urbanos, instituídos como área de maior concentração dos serviços e equipamentos de uso da sociedade, são reconhecidos também como centros históricos e novos centros de serviços e comércio são criados.
CENTROS URBANOS
X
CENTRALIDADE
Neste primeiro capítulo sobre Requalificação Urbana, vamos entender os vários processos de reconstrução das cidades e como o patrimônio era compreendido em cada período da história, a começar pelas reformas urbanas ocorridas diante do processo industrial instituído primeiramente na Inglaterra (meados do século XVIII) e que expandiu pelo mundo a partir do século XIX.
O processo de industrialização provocou o inchaço das cidades, com a migração de pessoas do campo, que abandonavam a lavoura e a manufatura para trabalharem na indústria. A crescente população se acomodava em bairros operários e nos centros das cidades, sem planejamento e infra-estrutura suficientes, ruas estreitas, precário sistema de esgotos, o que ocasionaram sérios problemas de salubridade.
Neste contexto, nasce a busca por uma cidade perfeita e racionalmente organizada de acordo com os novos parâmetros da industrialização.
O primeiro processo de requalificação foi o de EMBELEZAMENTO URBANO, no final do século XIX e início do século XX, tendo como premissas o saneamento, a higiene, a fluidez viária e o embelezamento da cidade através dos monumentos mais importantes.


Exemplos:
Plano Haussmann - Paris (1851 a 1870)
Plano de Extensão de Barcelona engenheiro Ildefonso Cerdà,1859


 O segundo período de requalificação é conhecido como RENOVAÇÃO URBANA, no pós-guerra, entre as décadas de 1950 e 1960, com obras de setorização e habitacionais, seguindo as concepções da cidade moderna da Carta de Atenas.

Segundo os preceitos dos modernistas a nova cidade deveria propocionar salubridade, banhos de sol, campo livre pontuado por edifícios isolados, velocidade e higiene.


Ao mesmo tempo, foram os modernistas que reconheceram a importância da preservação das edificações do passado, como bens de valor para a história e identidade de uma sociedade. Surge então um dilema entre a tábula rasa (só a partir do vazio é possível pensar o novo)  e a preservação (edifício isolado).

Muitas críticas são feitas à cidade moderna no que refere à preservação de monumentos isolados do contexto urbano, o que influenciou o terceiro processo de requalificação denominado PRESERVAÇÃO URBANA, entre os anos 70 e 80, cujos objetivos eram a valorização da memória, a organização da sociedade em defesa do patrimônio e o reconhecimento do centro como gerador de identidade e orgulho cívico.
Neste período, a globalização e a consequente padronização das cidades, estimulam o processo conhecido como "city marketing", que define a cidade como mercadoria a ser oferecida no mercado global com distinção da cultura local. Entre os exemplos do marketing city podemos citar Curitiba e o Pelourinho em Salvador.
A concorrência entre as cidades ocasiona a quarta fase de requalificação denominada REINVENÇÃO URBANA, a partir dos anos de 1990, com intervenções pontuais que qualificam a cidade, como é o caso de Bilbao e das cidades que sediaram jogos olímpicos.
Por fim, vivemos atualmente a fase de requalificação denominada de PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, que correspondem a um conjunto de medidas que são tomadas para se atingir metas pré-definidas, geralmente como respostas a problemas de moradia, segurança, trânsito, falta de emprego ou poluição. O Planejamento Estratégico é uma ação conjunta entre os setores públicos e privados (investidores), que muitas vezes transforma um espaço urbano de interesse da coletividade em um espaço objeto de negócios.

(ESTE ARTIGO, DE AUTORIA DE ALESSANDRA BALTAZAR, NÃO PODE SER COPIADO E DEVE SER USADO EXCLUSIVAMENTE PARA FINALIDADES DIDÁTICAS)


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

TOMBAMENTO

TATIELE ALVES TIMÓTEO
3º ano Educação Artística (Licenciatura)

O tombamento é um ato administrativo utilizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar diversos bens.
Existe o tombamentos dos bens cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, cidades ,fotografias, livros, mobiliários, utensílios, obras de arte, regiões ,edifícios, cascatas ruas, praças, florestas etc. Somente é aplicado aos bens materiais de interesse para a preservação da memória ,impedindo que venham a ser destruídos ou modificados.
O Tombamento por intermédio do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, Artístico do Estado ou pelas administrações municipais, utilizando leis específicas ou a legislação federal, não altera a propriedade de um bem, apenas proíbe que venha a ser destruído ou descaracterizado. Desde que o bem continue sendo preservado. Não existe qualquer impedimento para a venda, aluguel ou herança de um bem tombado.
O Tombamento é a primeira ação a ser tomada para a preservação dos bens culturais, na medida em que impede legalmente a sua destruição. O Tombamento é uma ação administrativa do Poder Executivo, que começa pelo pedido de abertura de processo, por iniciativa de qualquer cidadão ou instituição pública.
Este processo, após avaliaçãocnica preliminar, é submetido à deliberação dos órgãos responsáveis pela preservação. Caso seja aprovada a intenção de proteger um bem cultural ou natural, é expedida uma Notificação ao seu proprietário. A partir desta Notificação o bem já se encontra protegido legalmente, contra destruões ou descaracterizações, até que seja tomada a decisão final. O processo termina com a inscrão no Livro Tombo e comunicação formal aos proprietários.
Vamos analisar um caso ocorrido em janeiro de 2010:


A bandeira brasileira que tremula no ponto mais alto da cidade, está mobilizando moradores e turistas de Cabo Frio, na Região dos Lagos. A pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o símbolo nacional foi retirado, há duas semanas, do alto do Morro da Guia, no Centro da cidade.

Uma polêmica, que tem como foco a bandeira brasileira que tremula no ponto mais alto da cidade, está mobilizando moradores e turistas de Cabo Frio, na Região dos Lagos. A pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o símbolo nacional foi retirado, há duas semanas, do alto do Morro da Guia, no Centro da cidade.
O superintendente regional do Iphan, Carlos Fernando Andrade argumenta que o mastro e a bandeira interferem na ambiência do conjunto arquitetônico, formado pela Capela Nossa Senhora da Guia e pelo Convento e Igreja Santa Maria dos Anjos, tombados pelo órgão desde 1957.
A bandeira foi colocada temporariamente com uma bandeira da cidade em comemoração aos 500 anos da cidade. Depois de retirada a bandeira comemorativa, foi hasteada a bandeira nacional.
Deveriam tirar a bandeira , mesmo que nada na capela seja modificada a lei de tombamento deixa bem claro que não pode ser mudado o ambiente ou a aparência do patrimônio, mesmo que seja por um ato patriótico. E a autorização do Iphan foi temporária concedendo assim que pusessem a bandeira da cidade . 

Museu sua importância cultural

ELIAS GABRIEL FERNANDES
3º ano Educação Artística (Licenciatura)

É interessante pensarmos na importância de um museu para uma cidade e o que esse patrimônio pode trazer de valor para a comunidade. Além da questão cultural, outros pontos podem ser citados, tais como valores de memória e preservação do passado do lugar onde ele está instalado e das personalidades daquela região ou cidade.
Uma cidade ou região tem uma história independente do tamanho da mesma. Essa história é muito rica e cheia de detalhes que estão gritando para serem relembrados e mostrados a outras gerações que não presenciaram diretamente da época em que ocorreram e estão aguardando um local especifico para serem mostradas e apreciadas.
Porém, o que às vezes é o problema é onde colocar esse material histórico e às vezes curioso pode ser as diversas formas de exposição.
Mas pensando em uma cidade de pequeno porte, como podemos atribuir a uma pequena cidade, a melhor forma de apresentar suas histórias e memórias seria um “Museu de cidade” onde possa ser exposto as curiosidades e lembranças de sua evolução e formação além de agregar a ele as informações da região que contribuíram para que ela se estabelecesse como uma cidade.
Um bom exemplo desse tipo de museu que realmente faz a diferença em qualquer município é o da cidade de Cristais Paulista pequena localidade do interior paulista que conta com uma história de formação rica em detalhes e curiosidades, que passa por um impasse em relação a criação de um “Museu de Cidade”.
Em Cristais Paulista existe um casarão datado da época da fundação do então arraial que deu inicio à cidade; mas esse ainda passa por período de tramites para ser tombado como patrimônio da cidade e nele as instalações do tão aguardado museu possa ser feita. As peças e itens para abrilhantarem esse espaço já estão sendo recolhidas e guardadas na Casa da Cultura da cidade que está sediada na antiga estação ferroviária que passava pela cidade.
Como morador dessa cidade e escritor desse artigo almejo como os demais moradores que esse casarão que já é ponto turístico, mesmo sendo atualmente somente  visto de fora, seja aberto para que os moradores e colaboradores da história da cidade possam conhecer esse patrimônio em sua integridade e ainda conhecer as peculiaridades da cidade e de sua evolução.

Patrimônio Inusitado



EDUARDO DE PINA MORAIS
3º ano Educação Artistica (Licenciatura)



Muita gente não imagina que uma fossa possa ser tombada como patrimônio histórico de uma cidade.
Mas em Franca há um conjunto de fossas construídas na primeira metade do século passado que foram tombadas como patrimônio cultural do município pela Lei Complementar nº 09 de 26 de novembro de 1996, que estabelece no capítulo XXI, § 3º - Fica tombado, devendo ser preservado para a posteridade, o conjunto de Fossas Sépticas Imnhoff que fazia parte da Estação de Tratamento de Esgoto construída pela Geobra em 1937, localizado à Avenida lsmael Alonso y Alonso, ao lado da antiga pedreira municipal, assim como a Estação Elevatória de Água Bruta do sistema São João, conserta na mesma época e pela mesma firma                                                                                                               



Iniciada em 21 de março de 1937 e sendo concluída em outubro de 1939, as obras implantadas trouxeram importantes modificações no sistema que vigorava até então.
O serviço de tratamento de esgoto em Franca no período de 1937 e 1957 era feito pelo processo de decantação simples, iniciado com um “poço de visita”  montante da caixa de areia onde chega o material fecal para ser processado. Em seguida, duas caixas de areia com duas células ou câmaras (uma em serviço outra em limpeza) distribuem o material lodo do líquido, formando gases que eram eliminados por cima o lodo ia para o leito de secagem e o líquido para o córrego receptor. O último processo  do tratamento consistia em  levar o lodo para os seis “Leitos de Secagem” e depois ser utilizado na agricultura como adubo.                                
Em linhas gerais, esse era o processo de tratamento de esgoto de Franca, um dos mais modernos da época, cujo sistema deu origem ao atual sistema que vigora em nossa cidade.                                                                                                        
A cidade de Franca foi a primeira colocada no ranking nacional de saneamento entre os 79 municípios com mais de 300 mil habitantes avaliados pelo Instituto Trata Brasil em 2009. Esse é mais um motivo para querer preservar a história do saneamento e tratamento de esgoto da cidade.
A construção atualmente està bem preservada, mas a maioria da população da cidade nem sabe do que se trata e muita gente que passa por perto nem nota construção que lá existe há tanto tempo.

Seria válido que o município, de alguma forma, valorizasse mais este patrimônio. Uma boa maneira, na minha opinião, seria a prefeitura possibilitar e incentivar que as paredes da construção, atualmente pintadas de branco, servissem de suporte para que artistas plásticos “revigorassem” periódicamente tal patrimônio cultural da cidade. Assim chamariamos mais atenção e despertariamos a curiosidade da população e dos visitantes da cidade de Franca.


referências:
http://www.camarafranca.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=14676:lei-complementar-no-09-de-26novembro1996&catid=52:lei-complementar&Itemid=134
http://site.sabesp.com.br/site/interna/Municipio.aspx?secaoId=18&id=230





Descaso com a história de Morro Agudo

ALINE HILÁRIO
3ºano Educação Artística - Artes Plásticas
Queridos amigos, cresci vendo uma máquina amarela exposta em uma das rotatórias da minha cidade.
A máquina é uma Cartepillar de 1915, puxada por tração animal que foi comprada já usada pelo fazendeiro e proprietário das terras que foram cedidas para fundar a cidade e abrir as estradas e ruas que dão acesso a Morro Agudo.
Depois de tanto feito a máquina ficou exposta na praça da prefeitura ,em seguida no centro de lazer e depois no lugar onde eu a via.
Mas agora, com a mudança na administração a máquina amarela deu espaço para um outdoor que mostra pra cidade os grandes feitos de nosso prefeito.
A máquina que faz parte da nossa história, como muitos outros patrimônios dos cidadãos morroagudences, está encostada em um depósito da prefeitura,enferrujada em meio ao tempo coberta de capim.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

SÃO LUIS DO MARANHÃO – O ANIVERSÁRIO DO ABANDONO

ANA PAULA PASSAGEMCINTRA
4º ano Arquitetura e Urbanismo





Aniversariando nesse mês de Setembro, o jornal Folha publicou três artigos que fala sobre São Luis, a capital do Maranhão, que completa 399 anos, este ano, desde sua fundação.  Alegando sua importância histórica para o pais, contanto um pouco do seu processo de colonização e nomeando grandes pensadores de origem maranhense e sabido a enorme importância que existe em conservar e proteger seu  patrimônio histórico, não somente para conservar a memória local e o turismo, que se faz como fonte de renda principal para os locais, como também para a memória do Brasil.
Não se pode deixar de citar os grandes nomes da historia como Candido Mendes de Almeida, jurista, historiador e geógrafo; Aluísio de Azevedo; Graça Aranha; Gonçalves Dias, todos autores com grandes e importantes publicações.
Além disso, o estado do Maranhão fica estrategicamente entre duas grandes regiões, o Norte e o Nordeste, desenvolvendo também um processo econômico sobre essas regiões, mas todas essas características que deveriam ser motivadoras  de conservação e preservação não serviram para tal, pois o que se nota e total abandono e descaso com a cidade, o patrimônio, o morador, o turista, o Brasil.
Segundo o relato de turistas e dos próprios moradores, casarios dos séculos 18 e 19 esão caindo aos pedaços, veja bem, construções de séculos passados estão caindo de podres, se as construções estão assim, imaginem as vielas, ruas, praças!
Por outro lado, segundo o Ministério do Turismo, houve um aumento de investimentos no estado para socorrer exatamente essas maculas, e preparar a cidade para seu aniversario de 400 anos em 2012, o problema e que o nível de abandono e decadência pode ter chegado em um nível que não seja mais possível reverter tal situação, mas isso somente o tempo ira mostrar, e nesse meio tempo, cabe a população cobrar que seja tomadas providencias efetivas e duradouras, e não somente festivas.


O RESGATE DE UMA HISTÓRIA QUE FAZ PARTE DA VIDA DE TODOS OS BRASILEIROS

CAMILA RIBEIRO JORDÃO -
4° ANO ARQUITETURA E URBANISMO

O Café no Brasil foi um elemento de muita importância para toda a história do pais, foi responsável por grande parte da expansão territorial, das ferrovias, do comércio e de grandes riquezas.
Santos foi o centro onde se organizou as atividades do setor cafeeiro brasileiro, devido a facilidade do porto e de escoamento e chegada de produtos.
O Palácio do Café, localizado no centro histórico de Santos, São Paulo, pode ser considerado um dos prédios mais ricos do país, inaugurado em 1922, para centralizar, organizar e controlar as operações do mercado cafeeiro, onde foi instalada a Bolsa Oficial do Café.


Falando um pouco dessa obra, pode-se dizer que é típica do ecletismo, seus idealizadores, não mediram esforços em sua construção, importavam pelos navios, todo o material da Europa, as vezes até as fachadas já vinham prontas, copiavam o estilo de lá, usaram materiais de acabamentos de alta qualidade.
A primeira parte da visita, você entra em uma grande sala de pregão, onde se negociavam os valores do café, comum piso riquíssimo em mármore, os moveis de madeira nobre e elementos decorativos em gesso.
No próximo trecho, uma grande clarabóia com um maravilhoso vitral do artista Benedito Calixto.
Em outra sala e na parte superior encontra-se vários painéis que contam a historia do café, dos utensílios utilizados na produção do café. Existem também uma cúpula de cobre, esculturas, colunas de granito, são todos expressões de riqueza e prosperidade do ciclo cafeeiro do país.

                    Sala de Negociação do Preço do Café

No meu ponto de vista é de extrema importância o resgate patrimonial deste edifício, dando-o a função uma atividade cultural, o museu, porque o próprio edifício faz parte da historia do café, une o útil e o agradável, o patrimônio arquitetônico (físico) e o histórico-cultural, um da vida ao outro.
Além de ser uma história que parte da origem do povo brasileiro, do progresso, do crescimento industrial, da riqueza que girava o pais, da imigração, onde vieram muitos europeus e pessoas do mundo todo para ajudar na mão de obra.
O Palácio da Bolsa oficial do Café passou por uma restauração, que foi concluída em 1998, feita pelo governo do estado de São Paulo. O prédio ficou bem imponente historicamente, passou a oferecer instalações muito adequadas para o funcionamento do museu do Café, dentro de uma concepção moderna e versátil.
O que acho mais importante e funcional é que não ficou apenas no restauro arquitetônico (físico), deram vida e movimentação ao Palácio proporcionando varias atividades no local, criaram uma Associação dos Amigos do Café Brasileiro, constituídos pelas principais entidades de classe, os torrefadores, produtores, exportadores, comerciantes, corretores e várias associações, com o intuito de tornar nacionalmente conhecido o "museu do café".

O espaço é dedicado exclusivamente a historia dos grãos mais famosos do mundo, lá encontra-se fatos das primeiras plantações os primeiros, fazendeiros que atuaram no ciclo do café, fotos dos imigrantes europeus que vieram em busca de emprego. E pra quem gosta de tomar um bom café (vai a dica), fica por conta da Cafeteira do museu onde se encontra o melhor café de São Paulo e um dos melhores do pais. Lá também proporcionam a pratica de cursos de barista, que é para o entendimento e preparação do café.


E assim o Museu do Café junto com a Cafeteria tornaram a principal atração turística do Centro histórico Santista.





MIS: Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro

Vinícius Cesar Prado Nogueira
4º ano Arquitetura e Urbanismo



Escolhi esse assunto pois na época de sua reportagem me influenciou bastante. Estava no segundo ano do curso de arquitetura e urbanismo e achei bem interessante o volume, a forma do prédio que implantarão na avenida Atlantica, ponto turístico do estado do Rio de Janeiro.
Mas isso ficou guardado na memória passaram-se dois anos e nunca mais me interresei pelo prédio, até agora. Pesquisei o local, o antigo prédio e o a ser contruido e consegui com isso, talvez se não mudar de opinião mas formar um pouco mais a minha.


Anexo abaixo estão reportagens e links de sites da internet que falam sobre o tema e expõem opiniões diversas.

O escritório de arquitetura americano Diller Scofidio + Renfro foi o vencedor do Concurso de Ideias, realizado para escolher o projeto arquitetônico da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), na Avenida Atlântica, em Copacabana.

Deixando um pouco de lado a polêmica acerca da escolha do local, o projeto escolhido pelo juri (quem fez parte do juri?) foi do escritório novaiorquino Diller Scofidio + Renfro.  O projeto, “escancaradamente” releitura (ou evolução?) do Museum of Art and Technology em Nova Iorque, apesar da linguagem internacional, se adequa com primor no contexto da cidade carioca, principalmente por seus rampas/jardins/terraços/brises/mirante, elemento que marca o percurso no museu, e, pela transparência, que devem proporcionar vistas fantásticas, apesar de uma certa introspecção que um museu “exige”

A xenofobia por parte de alguns arquitetos (a mesma em relação a outros projetos, como a Companhia de Dança de São Paulo de Herzog e De Meuron e a Cidade da Música de Portzamparc, também no Rio de Janeiro) apimenta ainda mais a discussão sobre a nossa atual posição em relação a arquitetura mundial. A escolha de um escritório gringo, com uma proposta formal e conceptiva diferente da que estamos acostumados a ver e fazer, acrescenta um repertório novo, tanto para nós, profissionais, quanto para o público em geral (nossos clientes, rs).

Dos demais escritórios que participaram da concorrência, vale destacar a participação dos brasucas, Bernades & Jacobsen, que conseguiram (pelo menos à primeira vista) criar  excelentes ambientes/praças através de uma implantação que me parece ter sido a melhor apresentada; Isay Weinfeld, elegante como sempre, mas talvez, até demais; Brasil Arquitetura, que, ao mesmo tempo conseguiram criar um átrio bacanérrimo, labiríntico e penumbroso, apresentou uma bizarra bola cromada que daria inveja Captain Kirk; e também o Tacoa Arquitetos, cujo proposta … não sei (rs).

Mas a decepção geral, ficou por conta do Daniel Libeskind e Shigeru Ban.
Lembro-me que esses nomes eram frequentes nas aulas de Analise Crítica de Arquitetura e eram considerados verdadeiros “mestres”, glorificados pelos professores e alunos, amém. Com todo respeito que os mestres devem ter (ou não), pisaram feio na bola.
 Acho que suas propostas ficariam melhor no Sambódromo.

Caíram no nosso eterno karma: Gringo achar que o ano inteiro é carnaval no Brasil. Bom, talvez seja. Não tem como culpá-los, sendo que a nossa principal exportação sempre foi mulata com bunda de fora, sorriso no rosto e penca de banana na cabeça.

O estado do Rio de Janeiro conta com mais dois museus da imagem e do som. O da imagem e postado aqui logo abaixo é eclético e não é restaurado desde 1990, sendo que esta última foi realizada após de mais de quarenta anos de esquecimento.


O Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS-RJ) foi inaugurado em 3 de setembro de 1965, como parte das comemorações do IV Centenário da cidade do Rio de Janeiro.

O MIS lançou um gênero pioneiro de museu audiovisual, que seria seguido por outras capitais e cidades brasileiras. Além de ter se qualificado num centro de documentação de música e imagem, foi também um centro cultural de vanguarda nas décadas de 60 e 70 do século XX, lugar de encontros e de lançamento de idéias e novos comportamentos.

Além de preservar importantes coleções que atendem aos interesses de um público pesquisador amplo e diversificado, o prédio da Praça XV, tombado em 1989, é em si mesmo uma das mais belas peças de sua coleção, constituindo um exemplar histórico raro dos pavilhões construídos para abrigar a Exposição do Centenário da Independência do Brasil, realizada em 1922.

Em 1990, o prédio passou por uma grande restauração que lhe devolveu o fausto do estilo eclético original, desfigurado pelas intervenções que ao longo dos anos modificaram sua fachada. Além desse prédio da Praça XV, o MIS começou a ocupar, nesse mesmo ano, um outro edifício, localizado no bairro da Lapa, tradicional reduto da boemia carioca, que abriga diversos bares, casas noturnas e entidades culturais responsáveis pela transformação desse espaço urbano em um dos locais de maior efervescência cultural da cidade. Essa sede é atualmente ocupada por setores administrativos do MIS e abriga parte do acervo disponível à pesquisa.

Algumas coleções desse acervo foram adquiridas por ocasião de sua inauguração, como as dos fotógrafos Augusto Malta e Guilherme Santos; a do radialista Henrique Foréis Domingues, o Almirante; a coleção de discos raros do pesquisador de música popular Lúcio Rangel e as litogravuras de Maurice Rugendas. Outras coleções foram incorporadas ao longo do tempo, como a da Rádio Nacional (1972), com a memória da época de ouro do rádio no Brasil; a de Jacob do Bandolim (1974), importante coleção particular sobre a memória do choro; a de Elizeth Cardoso (1979); a de Abel Ferreira (1980); a de Nara Leão (1990); a do jornalista Sérgio Cabral (2007); e a da cantora Zezé Gonzaga (2008), entre tantas que, no seu conjunto, formam um dos acervos audiovisuais mais expressivos e diversificados da cultura urbana brasileira.

Além da guarda e preservação das coleções, o MIS produz seu próprio acervo através da coleta dos Depoimentos para Posteridade, projeto concebido em 1966 como forma de legitimar a ação do Museu no meio cultural do Rio de Janeiro. O primeiro depoimento foi prestado por João da Baiana, em 24 de agosto de 1966, seguido por Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Almirante, Donga, Chico Buarque, Tom Jobim e dezenas de outros. Atualmente, o Museu conta com um acervo de mais de 900 depoimentos com, aproximadamente, quatro mil horas de gravação abrangendo os mais diversos segmentos da cultura.

Ao longo de sua trajetória, o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro vem realizando exposições, encontros, sessões de cinema, cursos, seminários, palestras e, mais recentemente, um programa de vídeo educativo que atende a estudantes da rede pública, pessoas da terceira idade e ONGs que trabalham com menores carentes.

O MIS não se restringe à guarda de objetos remanescentes do passado, mas está em dia com o presente e voltado para o futuro. Registra e preserva a memória, fazendo uso de tecnologias disponíveis em cada época. (www.mis.rj.gov.br/museu_hist.asp)

A antiga ocupação sub solo: a Boate Help.
Esta boate fez bastante sucesso na década de 70, marco para a classe média carioca até meados de 1980. Atualmente era sinônimo de drogas e prostituição que , assim como a avenida é vista por alguns estrangeiros como atrativos turísticos no “Brazil”. Mas mesmo assim havia quem a defendesse:

Prezada Secretária Adriana Rattes,
Sou jornalista e também produtor cultural, moro no Rio de Janeiro e tenho uma sugestão para fazer, referente à memória arquitetônica da cidade do Rio de Janeiro.
O painel da fachada da boate Help é mundialmente famoso e é um marcador interessante da passagem do tempo na arquitetura e paisagem da cidade.
Agora nos parece muito perto, é um painel dos anos 70, mas daqui há cinquanta anos podemos voltar a este painel, que reflete uma estética e um projeto cultural pós-modernista e como ele foi integrado/apropriado no Brasil.
Assim, gostaria de solicitar que antes da demolição da boate Help o painel seja preservado e depois exposto a público, talvez até mesmo no museu da imagem e do som.

Atenciosamente,
André Bezerra
jornalista e produtor cultural





A tradicional boate Help, localizada na Avenida Atlântica, em Copa, vai ser demolida, no local será construído o Museu da Imagem e do Som. A casa noturna que já foi o point da classe média na década de 80, passou a ser considerada local de prostituição em tempos recentes.

Tentei aqui expor vários pontos de vista sobre o assunto para justificar minha opinião.
Acredito que a implantação do museu na região será benéfica para a população do Rio e para os brasileiros que terão, a sua disposição, um belo local para entretenimento e recreação cultural.
Tenho uma certa preocupação com o futuro dos outros MIS que entrarão em uma disputa pela atenção não somente dos visitantes mas também do Poder Público, que, a olhos vistos está fazendo deste empreendimento uma vitrine para, agora as olimpíadas e a copa do mundo de 2014.
Quanto ao projeto em si concordo em partes com os mais relutantes em se aprovar um projeto dos “gringos” não por chauvinismo mas por simplesmente por não ver ligação do prédio com o entorno, não sentir a força que um projeto desse tem que causar quando olhamos para ele pois o belo é atemporal, é sensorial mas prefiro o vencedor que qualquer outro finalista.
Em relação a boate e ao blog a favor de se colocar a fachada no museu é ridículo o argumento de “projeto cultural modernista”. Um elemento de valor cultural deve tem relevância e identidade com uma cultura, um povo ou uma época histórica e não com uma determinada classe social minoritária e no caso oligárquica.

 

OUTROS PROJETOS FINALISTAS:








O projeto vencedor recebeu diversas críticas algumas positivas outras negativas como deste site: http://www.gresta.com.br/blog/?p=89