Preocupado
com a falta de atenção à Casa da Cultura Madre Leotávia Zoller, localizada na avenida
Jaime Brasil, centro de Boa Vista, o Ministério Público do Estado de Roraima
(MPRR) ingressou com ação de obrigação de fazer contra o Governo do Estado para
que seja realizada restauração nas instalações do prédio, sob pena de multa por
danos morais coletivos. Ajuizada em abril de 2010, a ação ainda está pedente de
decisão judicial e visa garantir a preservação do patrimônio histórico cultural
roraimense.
O
promotor de justiça da 3ª Promotoria de Justiça Cível – Urbanismo, Patrimônio
Histórico e Cultural, Zedequias de Oliveira Júnior, afirma que o próprio estado
reconheceu que as condições estruturais da Casa da Cultura continuam
insatisfatórias. “Ainda em 2010 o Corpo de Bombeiros relatou que o risco de
desabamento do prédio era iminente e que não contemplava os requisitos para
garantir as condições mínimas de segurança. O relatório deixava claro quanto a emergência na
recuperação das instalações degradadas por infiltrações, além de extensões
irregulares e mal adaptadas e que precisavam ser substituídas”, ressalta o
promotor.
O
prédio da Casa de Cultura foi tombado como patrimônio histórico cultural do
estado de Roraima em 1994 e de acordo com o disposto na Lei estadual nº 718/09,
em consonância com Decreto-Lei n°25/1937, as constituições de Roraima e da
República, dentre outras normas, compete ao Executivo Estadual a
responsabilidade de preservar o patrimônio.
Mesmo
diante da não apreciação do mérito da ação por parte do Poder Judiciário e,
ainda, ao longo tempo transcorrido que só agrava a situação da Casa da Cultura,
o MPRR tem se empenhado em resolver a problemática. No fim do mês passado, o
promotor Zedequias de Oliveira participou de uma reunião técnica com
representantes do Governo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional para discutir ações que ajudassem na preservação desse patrimônio.
“Um
passo a mais foi dado na tentativa de cumprir a lei com vistas a preservar o
prédio que faz parte da história de Roraima. A Casa da Cultura já foi residência do primeiro governador
do Estado. Lá deveriam constar arquivos com informações de suma importância
quanto à história roraimense, servindo, inclusive, de fonte de pesquisas para
estudantes. Além de ser resguardada por lei e que por sua vez deve ser
cumprida”, ressalta o promotor.
Deputado
denunciou abandono em março
Gabriel Picanço: “A Casa da Cultura hoje não passa de
um prédio abandonado, servindo de depósito de lixo”
Da Tribuna da Assembleia Legislativa de
Roraima (ALE-RR), no dia 22 de março deste ano, o Gabriel Picanço (PSB) – membro da Comissão de
Educação da Casa – defendeu indicação de autoria dele que pedia ao Executivo a recuperação e restauração da Casa da Cultura. “Hoje, o que poderia
ser um cartão postal, um ponto de referência da nossa cultura, não passa de um
prédio abandonado, servindo de depósito de lixo, criadouro de ratos e de depedração
por parte dos vândalos. Não podemos deixar que
um ponto de referência da nossa história seja tratado dessa maneira”,
denunciou.
A Casa da Cultura serviu como Residência Oficial para 16 governadores do
ex-Território
O local é só um das dezenas de prédios públicos abandonados pelo Governo
do Estado
A área externa está toda tomada pelo mato e lixo
Nome: Kelson Campos
Vasconcelos
Titulo: PATRIMÔNIO HISTÓRICO –
MPRR cobra restauração da Casa da Cultura
Fonte: ASCOM/MPRR e
ASCOM DO PARLAMENTAR //
http://www.fatoreal.blog.br/politica/patrimonio-historico-mprr-cobra-restauracao-da-casa-da-cultura/
Data: 30/07/2012.
Fatores deteriorantes
indentificados na reportagem: Danos causados pelo fator fisico de umidade
relativa, risco de desabamento devido infiltrações.
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