segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Patrimônio Histórico Pode não Resistir a Ação do Tempo.



Nome do Aluno: Michelle de Souza Viscondi
Sobre a reportagem
Título: Patrimônio Histórico Pode não Resistir a Ação do Tempo.
Fonte: http://www.caminhosdeguapore.com.br/?p=gale&g=101
Data: 26/08/2012
Fatores deteriorantes indicados na reportagem:
-cupins na madeira, fungos, plantas.
- chuva, e vandalismo.

Reportagem:
Casarão da Família Giaretta

Esta galeria mostra algumas imagens externas de um fantástico casarão italiano localizado na Linha Sexta, comunidade de Caravággio, em Guaporé. Pertencente a família Giaretta, a obra histórica parece não resistir mais a ação do tempo. Assim como outras construções pelo interior do município, o casarão precisaria passar por uma completa restauração para sua recuperação, o que só se tornaria viável mediante investimentos por iniciativa particular, ou através de alguma ação de tombamento de patrimônio histórico. Mais adiante postaremos também algumas fotos do interior da antiga residência, mostrando toda a beleza e história que habitam o local. Abaixo um pequeno texto mostrando um pouco de como surgiram estas primeiras habitações utilizadas por nossos antepassados. O texto descreve de forma exata o antigo casarão da família Giaretta.

*Texto por Caminhos de Guaporé.

Casarões de Madeira

Como a madeira, além da pedra, era um material também abundante, a casa de madeira se tornou o modelo mais frequente, às vezes com a pedra ou tijolo empregados na base e alicerces e a madeira nos níveis superiores. Nas colônias mais antigas cerca de 85% das residências e quase 100% das estruturas anexas eram compostas de madeira, e nas colônias mais recentes a madeira foi o material quase exclusivo. De início a madeira, especialmente a da então abundante araucária, foi usada de forma muito rústica, rachada a machado e cunha, e sem grande conhecimento de suas capacidades físicas. Prova-o o tamanho excessivo das vigas de suporte nos contrapisos entre porão e plano residencial, encontrando-se casos de troncos inteiros de araucária, com 60 cm de diâmetro, sustentando vãos de apenas 5 ou 6 m. O mesmo esquema se repetia nos níveis superiores, embora com desproporções menos pronunciadas. Familiarizando-se com o material, numa etapa ulterior o colono passou a empregar tábuas serradas, seja por ele mesmo ou beneficiadas em serrarias, técnica que possibilitava um acabamento mais regular e um dimensionamento diferenciado das tábuas segundo planos pré-determinados. A originalidade das edificações de madeira dos imigrantes se revelou na criação de uma estrutura sustentada por um esqueleto de vigas e pilares que dispensava elementos diagonais para contraventamento, graças ao uso de pregos industrializados, que se tornavam naquele exato momento histórico um bem de consumo em larga escala. Desta forma, as tábuas de pisos e paredes funcionavam ao mesmo tempo como fechamento e contraventamento. O aperfeiçoamento da técnica da marcenaria floresceu especialmente em alguns núcleos urbanos, como é o caso de Antônio Prado, construindo-se casas amplas com rico repertório de elementos decorativos, na forma de beirais, balaustradas, caixilharia, passadiços, balcões e lambrequins, o que lhes confere um grande valor plástico. A maior realização nessa técnica, contudo, a antiga igreja matriz de Cacique Doble, infelizmente já não existe.

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