Nome: Michelle Cardoso
Titulo : Museu Imperial promove restauração do pórtico de
pedra do Palácio Imperial,em Petropolis
Data
: 8 Novembro de 2010 a 21 Fevereiro de 2011
Sobre
a reportagem : A reportagem fala da restauração de um pórtico
de pedra,elemento de grande importância na arquitetura do palácio
imperial,construido no final da primeira metade do século XIX. A intervenção é necessária devido ao grau de
deterioração em que se encontra aquela antiga estrutura do Palácio, causada
pelas condições ambientais e por intervenções inadequadas realizadas ao longo
do tempo.Nesse
restauro foram corrigidos vários problemas que se acumulou durante os anos,por
causa de condições climáticas,sujeiras
outros problemas pois a estrutura estava exposta.
Fatores
Deteriorantes: - Presença de
liquens e vegetação
- Crostas negras
- Desagregação
- Fissuras
- Lacunas
- Descolamento de pintura do teto
- Materiais inservíveis
- Perda do rejunte e rejuntes feitos com cimento
- Prótese inadequadas (de cimento)
REPORTAGEM
Museu Imperial
promove restauração do pórtico de pedra do Palácio Imperial
Nesta segunda-feira, 8 de novembro, o Museu
Imperial dá início ao restauro do pórtico em Cantaria da fachada principal do
Palácio. A intervenção é necessária devido ao grau de deterioração em que se
encontra aquela antiga estrutura do Palácio, causada pelas condições ambientais
e por intervenções inadequadas realizadas ao longo do tempo.
Devido ao pórtico ter sido construído em granito,
seu restauro requer mão de obra técnica especializada e, por isso, foi
realizada uma licitação específica. A empresa vencedora foi o Atelier Histórica
Arquitetura e Restauração, a mesma que trabalhou nos restauros do Theatro
Municipal, da Casa França-Brasil e da Casa Daros, no Rio de Janeiro.
Andrea Polônio, restauradora da empresa contratada,
trabalha com patrimônios tombados há 14 anos e destaca a importância da mão de
obra especializada. “A metodologia deve ser a menos agressiva possível,
respeitando a integridade do material”. Conforme explicou, o método a ser usado
no pórtico será o mesmo utilizado em outros monumentos de pedra pelo mundo, como,
por exemplo, a Catedral de Notre Dame, na França.
A intervenção conta com aprovação do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A anuência desse órgão é
importante para garantir que a conservação seja feita de forma correta e não prejudique
a estrutura.
A diretora do Escritório Técnico do Iphan - Região
Serrana, Erika Machado, ressalta que o órgão apoia iniciativas como essa, de
conservação e restauração de bens tombados. “São essas ações periódicas que
permitem a preservação dos bens culturais e sua sobrevivência para futuras
gerações. O Museu Imperial é um bem de importância não só local, mas também
nacional”, declarou.
Alteração no acesso
Devido ao pórtico estar na principal entrada do
Museu Imperial, o acesso será alterado, garantindo a segurança do público
durante todo o período da obra. A entrada e a saída do Palácio passarão ocorrer
pela sala de exposições temporárias, na ala direita do prédio.
O pórtico
O pórtico de pedra, elemento de grande importância
na arquitetura do Palácio, foi construído no final da primeira metade do século
XIX, fazendo parte de uma tradição em cantaria do Brasil.
Nas mais antigas e nobres edificações brasileiras,
a pedra era aplicada nas alvenarias e na decoração das fachadas e interiores.
Quanto maior a riqueza ornamental em pedra, mais importante e imponente era a
edificação. A escolha do tipo de rocha a ser utilizada variava conforme o
serviço a ser executado e a região do país. No caso do pórtico do Palácio
Imperial, o material escolhido foi o granito.
Constituído por uma estrutura em abóbada, o pórtico
tem apoiado sobre ele um terraço (ou varanda) guarnecido por balaustradas,
intercaladas com pedestais encimados por jarrões em mármore. Os arcos que
compõem o conjunto são ladeados por pilastras de inspiração jônica, o que
remete ao gosto neoclássico predominante naquela época.
O restauro
A intervenção em um bem de tamanha importância
histórica deve ser sempre amparada por critérios claros. As discussões e
teorias atuais preconizam o atendimento a três elementos básicos para a
execução de restaurações arquitetônicas: mínima intervenção, compatibilidade e
reversibilidade.
Atendendo a estas diretivas e considerando os
materiais em questão, foi estabelecida uma linha de conduta para intervenção
que resgate a integridade do conjunto e respeite os limites de historicidade
impressos em sua superfície.
O primeiro passo foi realizar um diagnóstico
minucioso, com a identificação dos danos. Em seguida, foi elaborado um projeto
de restauro, executado pela empresa vencedora da licitação. A última etapa é o
treinamento da equipe do Museu Imperial para que seja feita a preservação da
estrutura, através do uso de materiais e técnicas corretas de limpeza, e para
que não haja intervenções inadequadas.
Os problemas encontrados no pórtico durante o
diagnóstico foram causados pelas condições ambientais e por intervenções
inadequadas realizadas ao longo do tempo.
Para solucioná-los, a empresa contratada,
especializada em restauro de bens tombados, realizou os seguintes procedimentos,
sempre usando material adequado:
- Remoção de vegetação e aplicação de herbicida
- Limpeza do pórtico e do piso para reduzir
sujeiras e manchas
- Aplicação de próteses com o material original
para recompor fissuras e lacunas
- Consolidação de áreas em processo de escamação
- Remoção da massa de cimento do teto, aplicação de
nova à base de cal e repintura
- Remoção de materiais inservíveis
- Remoção dos rejuntes inadequados e aplicação de novos com material
e pigmentação originais
- Manutenção dos elementos metálicos
- Aplicação de protetivo
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