segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Museu Imperial promove restauração do pórtico de pedra do Palácio Imperial,em Petropolis






Nome: Michelle Cardoso
Titulo : Museu Imperial promove restauração do pórtico de pedra do Palácio Imperial,em Petropolis
Fonte : Museu Imperial (http://www.museuimperial.gov.br)
Data :  8 Novembro de 2010 a 21  Fevereiro de 2011
Sobre a reportagem :  A reportagem fala da restauração de um pórtico de pedra,elemento de grande importância na arquitetura do palácio imperial,construido no final da primeira metade do século XIX. A intervenção é necessária devido ao grau de deterioração em que se encontra aquela antiga estrutura do Palácio, causada pelas condições ambientais e por intervenções inadequadas realizadas ao longo do tempo.Nesse restauro foram corrigidos vários problemas que se acumulou durante os anos,por causa de condições climáticas,sujeiras  outros problemas pois a estrutura estava exposta.
Fatores Deteriorantes: - Presença de liquens e vegetação
- Crostas negras        
- Desagregação
- Fissuras
- Lacunas
- Descolamento de pintura do teto
- Materiais inservíveis
- Perda do rejunte e rejuntes feitos com cimento
- Prótese inadequadas (de cimento)

REPORTAGEM
Museu Imperial promove restauração do pórtico de pedra do Palácio Imperial
Nesta segunda-feira, 8 de novembro, o Museu Imperial dá início ao restauro do pórtico em Cantaria da fachada principal do Palácio. A intervenção é necessária devido ao grau de deterioração em que se encontra aquela antiga estrutura do Palácio, causada pelas condições ambientais e por intervenções inadequadas realizadas ao longo do tempo.
Devido ao pórtico ter sido construído em granito, seu restauro requer mão de obra técnica especializada e, por isso, foi realizada uma licitação específica. A empresa vencedora foi o Atelier Histórica Arquitetura e Restauração, a mesma que trabalhou nos restauros do Theatro Municipal, da Casa França-Brasil e da Casa Daros, no Rio de Janeiro.
Andrea Polônio, restauradora da empresa contratada, trabalha com patrimônios tombados há 14 anos e destaca a importância da mão de obra especializada. “A metodologia deve ser a menos agressiva possível, respeitando a integridade do material”. Conforme explicou, o método a ser usado no pórtico será o mesmo utilizado em outros monumentos de pedra pelo mundo, como, por exemplo, a Catedral de Notre Dame, na França.
A intervenção conta com aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A anuência desse órgão é importante para garantir que a conservação seja feita de forma correta e não prejudique a estrutura.
A diretora do Escritório Técnico do Iphan - Região Serrana, Erika Machado, ressalta que o órgão apoia iniciativas como essa, de conservação e restauração de bens tombados. “São essas ações periódicas que permitem a preservação dos bens culturais e sua sobrevivência para futuras gerações. O Museu Imperial é um bem de importância não só local, mas também nacional”, declarou.
Alteração no acesso
Devido ao pórtico estar na principal entrada do Museu Imperial, o acesso será alterado, garantindo a segurança do público durante todo o período da obra. A entrada e a saída do Palácio passarão ocorrer pela sala de exposições temporárias, na ala direita do prédio.
O pórtico
O pórtico de pedra, elemento de grande importância na arquitetura do Palácio, foi construído no final da primeira metade do século XIX, fazendo parte de uma tradição em cantaria do Brasil.
Nas mais antigas e nobres edificações brasileiras, a pedra era aplicada nas alvenarias e na decoração das fachadas e interiores. Quanto maior a riqueza ornamental em pedra, mais importante e imponente era a edificação. A escolha do tipo de rocha a ser utilizada variava conforme o serviço a ser executado e a região do país. No caso do pórtico do Palácio Imperial, o material escolhido foi o granito.
Constituído por uma estrutura em abóbada, o pórtico tem apoiado sobre ele um terraço (ou varanda) guarnecido por balaustradas, intercaladas com pedestais encimados por jarrões em mármore. Os arcos que compõem o conjunto são ladeados por pilastras de inspiração jônica, o que remete ao gosto neoclássico predominante naquela época.
O restauro
A intervenção em um bem de tamanha importância histórica deve ser sempre amparada por critérios claros. As discussões e teorias atuais preconizam o atendimento a três elementos básicos para a execução de restaurações arquitetônicas: mínima intervenção, compatibilidade e reversibilidade.
Atendendo a estas diretivas e considerando os materiais em questão, foi estabelecida uma linha de conduta para intervenção que resgate a integridade do conjunto e respeite os limites de historicidade impressos em sua superfície.
O primeiro passo foi realizar um diagnóstico minucioso, com a identificação dos danos. Em seguida, foi elaborado um projeto de restauro, executado pela empresa vencedora da licitação. A última etapa é o treinamento da equipe do Museu Imperial para que seja feita a preservação da estrutura, através do uso de materiais e técnicas corretas de limpeza, e para que não haja intervenções inadequadas.
Os problemas encontrados no pórtico durante o diagnóstico foram causados pelas condições ambientais e por intervenções inadequadas realizadas ao longo do tempo.
Para solucioná-los, a empresa contratada, especializada em restauro de bens tombados, realizou os seguintes procedimentos, sempre usando material adequado:
- Remoção de vegetação e aplicação de herbicida
- Limpeza do pórtico e do piso para reduzir sujeiras e manchas
- Aplicação de próteses com o material original para recompor fissuras e lacunas
- Consolidação de áreas em processo de escamação
- Remoção da massa de cimento do teto, aplicação de nova à base de cal e repintura
- Remoção de materiais inservíveis
- Remoção dos rejuntes inadequados e aplicação de novos com material
e pigmentação originais
- Manutenção dos elementos metálicos
- Aplicação de protetivo

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