quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Museu Histórico de Paracatu será reformado



Quase um ano e meio depois de o núcleo colonial de Paracatu ter sido tombado como patrimônio nacional pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan, moradores e visitantes que chegam ao museu da cidade, a 580 quilômetros de Belo Horizonte, lamenta o estado do interior do imóvel, um dos principais cartões-postais do Noroeste de Minas. Algumas paredes já perderam o reboco, o piso de madeira foi danificado e até goteiras, durante as chuvas, molham o interior da centenária construção, erguida em 1903 para sediar o mercado municipal.

A situação do museu é um contraste tanto ao título recebido do Iphan quanto ao rico acervo exibido no local. Um dos principais objetos é o exemplar do Livro de Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Amparo, datado de 1765 e cuja capa, em veludo, tem como destaque uma fechadura de metal. Mas várias outras peças despertam encantos nos visitantes, como imagens sacras esculpidas em madeira no século passado, por artesãos da região. O imóvel ainda abriga fotografias e documentos antigos e moedas do período imperial, cunhadas em 1868, 1871, 1885 e 1887.

A socióloga Maria Emília Meireles, de 24 anos, de Brasília, é uma dos turistas que fazem questão de passear no museu quando visita familiares em Paracatu. Com paciência de quem tem tempo de sobra para olhar e ler sobre os objetos raros, ela percorre todos os cômodos do prédio. E diz que sempre se encanta com o rico acervo. A jovem não dispensa elogios à conservação e importância das peças. Mas lamenta a situação precária da estrutura interior do imóvel: 
"Todo museu ajuda a preservar a história. A arquitetura deste imóvel me chamou muita atenção. É bonita, mas o piso e as paredes…"
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Jazidas

Maria Emília foi ao antigo mercado em companhia do primo, Gustavo Resende, de 13, morador de Paracatu. A pouca idade não o impediu de reivindicar reparo na edificação: 
"É um acervo bonito, que não para de crescer. Há novidades em relação à última vez que estive aqui, há poucos anos. Mas o prédio precisa ser reparado." Ele ressalta que o museu é um dos principais endereços do Centro antigo da cidade, que, no período colonial, foi elevada à Villa Paracatu do Príncipe.

O arraial que deu início ao município começou a ser povoado entre 1690 e 1710. Paracatu foi o lugarejo em que a coroa portuguesa encontrou as últimas jazidas do ciclo do ouro. Por isso, também na época do Brasil colônia, Paracatu do Príncipe também era conhecida como a Princesa do Sertão. O ouro ajudou no desenvolvimento do município, que atualmente abriga duas grandes empresas: a canadense Kinross, que explora uma mina do metal precioso lá, e a Votorantin, que extrai zinco. O agronegócio é outro setor que gera riqueza na região.
Reforma 

Mas o turismo também é forte no município, hoje com cerca de 85 mil habitantes. A Prefeitura de Paracatu reconhece que o museu precisa ser reformado. O Departamento de Comunicação da administração informou que o município contratou um projeto arquitetônico para o local e que a obra de restauração está orçada em cerca de R$ 400 mil. O dinheiro será liberado por meio da emenda parlamentar. Porém, ainda não há data definida para o início e a conclusão da obra.
Chafariz e Igreja 

O núcleo antigo de Paracatu abriga vários pontos turísticos. Um deles, o chafariz da Traianna (foto), fica bem em frente ao museu municipal. O local é um tributo barroco assinado pelo artista plástico Fábio Ferrer. No alto do chafariz, a imagem de uma mulata escrava dá maior charme ao endereço. Diz a lenda que tal mulher despertava desejos nos fidalgos enquanto percorria os becos do lugarejo. A boa conservação do chafariz, porém, contrasta com o interior do casarão que abriga o museu. Outros atrativos do núcleo histórico, como a Igreja Matriz de Santo Antônio, em estilo barroco-jesuítico, também estão bem conservados. O templo fica a cerca de 200 metros do chafariz e do museu. Em frente, uma praça bem arborizada e alguns bancos é um convite o descanso.
Paulo Henrique Lobato / EM.
 


Fonte:
http://paracatu.net/view/3429-museu-historico-de-paracatu-sera-reformado
Data:
19/ Março/ 2012, publicado ás 15h : 25min.Fatores deteriorantes identificados na reportagem: Agentes Humanos, como, manuseio e ignorância. Agentes físicos, como, temperatura, umidade e iluminação. Agentes naturais, como, ações do tempo, chuva, enchente.ConclusãoCheguei à conclusão destes fatores, pois como cita no texto, "Algumas paredes já perderam o reboco, o piso de madeira foi danificado e até goteiras, durante as chuvas, molham o interior da centenária construção..." nos faz ver que as pessoas que cuidavam deste local, não sabia manuseá-lo corretamente sendo assim tendo uma certa ignorância quanto ao assunto de preservação do patrimônio histórico. À questão das chuvas em Paracatu serem fortes, e ter muitas ocorrências de enchentes traz para o edifício a questão da umidade e da alteração de temperatura, e por não haver um cuidado com edifício especifico ah falhas na cobertura onde se encontra goteiras, que torna a situação mais complicada, sendo assim estes agentes citados acima danifica o edifício do Museu Histórico de Paracatu.
Arquitetura e Urbanismo 4°ano
Técnicas Retrospectivas 3° bim.
Prof. Alessandra Baltazar
Aluna: Camila Mumic
Data: 06/08/2012

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