domingo, 2 de outubro de 2011

REQUALIFICAÇÃO URBANA (PARTE 2)

Após a compreensão dos processos de requalificação urbana, vamos estudar alguns casos relacionados às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a começar pela antiga capital do país...a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro que no final do século mantinha o cenário de uma cidade colonial em estilo predominantemente barroco.

Com a vinda da família real em 1808, vários projetos foram executados para reformar a cidade e torná-la digna da morada da família real européia.

A Missão Artística Francesa aportou no Rio deJaneiro em 1816, composta por nomes renomados como Grandjean de Montigny e Debret, trazendo para a cidade o primeiro olhar de embelezamento para o centro histórico.

1ª FASE - EMBELEZAMENTO : Construção de edifícios públicos em estilo neoclássico
Academia Nacional de Belas Artes - Grandjean de Montigny


Casa da Alfândega- Grandjean de Montigny


Já no início do século XX a cidade irá passar pelo segundo processo de requalificação urbana, com as reformas do então prefeito Pereira Passos em 1904.

2ª FASE - RENOVAÇÃO: abertura da Avenida Central e modernização da cidade
O processo de Renovação urbana também pode ser associado ao processo de embelezamento e adequação da cidade aos novos conceitos de higiene e transporte.




As obras se iniciaram em março de 1904 com a demolição de 641 casas, desalojando quase 3.900 pessoas. Após seis meses de trabalho estava aberta de ponta a ponta.
Também no início do século XX, mais precisamente em 1920, o novo contexto industrial e a tendência de modernização das cidades abriu espaço para novos projetos urbanísticos como o Plano Agache, que apesar de não ter sido implementado em sua totalidade, propôs o embelezamento da cidade, criou regras para as edificações e para a ocupação ordenada dos espaços, separou as áreas de moradia, comércio ou indístrias e instituiu os primeiros regulamentos para a construção de arranha-céus, com a utilização da nova tecnologia do concreto armado.
Plano Agache
 Entre 1920 e 1950, se apagou a memória histórica da cidade com a aplicação dos ideais modernistas e construção de amplas avenidas.
A nova estruturação urbana do Rio de Janeiro proporcionou um adensamento populacional tanto com a verticalização quanto pelo crescimento das favelas; mas em 1960, com a transferência da capital brasileira para Brasília, a cidade do Rio deixa de ser objeto de investimentos, e sofre com as vias saturadas.
Nos anos de 1960, o Plano Doxiadis não se preocupava tanto com o embelezamento, mas com o funcionamento e com as necessidades futuras (transporte rodoviário e novo Central Business District).
Plano Doxiadis - 1965
 Década de 1970: identidades dos bairros
•Plano Urbanístico Básico, - PUB-RIO, que dividia o território municipal em 5 Áreas de Planejamento,
•Projetos de Estruturação Urbana (PEU) para o planejamento local, respeitando as características dos diferentes bairros e criava políticas setoriais para o desenvolvimento econômico e social.


Década de 1980:
         •PEUs
•Recompor determinados pontos da cidade
•Criar pontos de articulação
•Traçado viário das ruas
•Ocupação do solo
•Bairros: Penha, Brás de Pina, Cidade Nova
         •1988: Constituição exige elaboração de Plano Diretor para cidades com 20 mil habitantes
Projeto Favela-Bairro
Projeto Rio-Cidade (1993 a 2001)

Intervenção na Feira de São Cristóvão

3ª FASE: PRESERVAÇÃO

Projeto Corredor Cultural

4ª FASE: REINVENÇÃO
Cidade do Samba
Cidade Olímpica
Quiosques da Orla
Museu de Guggnheim????

5ª FASE: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
 •Investimento privado
•Planejar de acordo com as condutas empresariais
•Muda, assim, a escala de planejamento, que não mais busca ordenar o crescimento urbano, mas atua em alguns pontos do espaço, aqueles que irão propor maior rentabilidade. Ainda segundo Compans
(2004, p. 32), a subordinação ao lucro privado nos processos de intervenção pública na cidade resultou na seletividade e segregação do espaço, contribuindo gradativamente para o abandono do “Planejamento Normativo”

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