terça-feira, 17 de janeiro de 2012

PROJETOS URBANÍSTICOS PARA O PARQUE D.PEDRO II NA CIDADE DE SÃO PAULO, DE 30 MILHÕES DE DÓLARES PARA 1,5 BILHÃO EM 20 ANOS....E ATÉ AGORA...

PROJETO DO ARQUITETO JOSÉ PAULO DE BEM - EMURB EM 1990




1- Área administrativa/ comércio com galeria no térreo
2- Palácio das Indústrias / Prefeitura
3- Jardim Aquático
4- Praça/ Mirante / Administração do parque
5- Manutenção
6- Skate
7- Anfiteatro
8- Quiosque/ Alimentação
9- Praça Fernando Costa
10- Casa das Retortas

A- Mercado Municipal
B- Edifício São Vito
C- Colégio Estadual São Paulo
D- Edifício Guarany
E- Metrô
F- Quartel



PROJETO DA PESQUISA EM ARQUITETURA E AMBIENTE / USP 2011







REVISTA CONSTRUÇÃO - São Paulo nº 2235dezembro 10/90

5/Maio/2011

Sem concurso público, projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II é finalizado em São Paulo



Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente, vinculada à USP, foi contratada diretamente para o desenvolvimento dos equipamentos


Mauricio Lima


O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, apresentou ontem (4) o projeto de revitalização urbana do Parque Dom Pedro II, na região central da cidade. A construção deve ficar pronta em até seis anos, com custo de R$ 1,5 bilhão.
Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Perspectiva das unidades do Sesc e Senac (esquerda), tomada do início da região da rua Santa Rosa. Ao fundo, o edifício do Banespa e o centro histórico. À direita, o Mercado Municipal e o início da avenida Senador Queiroz


Sem a realização de concurso público para a seleção dos trabalhos, os projetos foram desenvolvidos pela Fupam (Pesquisa em Arquitetura e Ambiente) ligada à USP (Universidade de São Paulo), sob coordenação das arquitetas Regina Meyer e Marta Grosteina.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, a contratação foi embasada na Lei Nº 8.666/93, que institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. "A contratação da Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente (Fupam), pela SP Urbanismo, foi embasada especificamente em seu artigo 24, que trata da dispensa da licitação e está descrito em seu inciso XIII. 'Na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos". Ainda segundo a assessoria de imprensa, "a Fupam, ligada à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Paulo (FAU-USP) preenche todos os requisitos acima descritos, conforme consta em seus estatutos. Vale ainda ressaltar que todos os contratos da SP Urbanismo são auditados pelo Tribunal de Contas do Município".
Os destaques do projeto são as unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que ocuparão a área onde ficavam os edifícios São Vito e Mercúrio, demolidos recentemente, e onde está o Viaduto Diário Popular, que será demolido em breve. Os dois volumes, sendo um retangular (Senac) e outro poligonal (Sesc), serão conectados ao Mercado Municipal por meio de um boulevar.
A sede do Senac terá grande parte da fachada em concreto aparente, sendo as duas fachadas laterais fechadas com vidro, com algumas aberturas para o público. Nesse local, serão realizados cursos de gastronomia, pela proximidade com o mercado.
Já a sede do Sesc será suspensa sobre duas lajes de concreto, que se estendem para além do limite do edifício, criando uma grande praça. O volume trapezoidal de três pavimentos abrigará cinemas e teatros, além de uma piscina no terraço. A fachada do edifício também será transparente.
Os edifícios estarão suspensos do solo, permitindo o livre trânsito dos pedestres.

Intervenções
A prefeitura explica que o plano urbanístico tem o objetivo de "coordenar as ações sobre a área e está baseado em ações de curto, médio e longo prazos".

Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Perspectiva geral do plano urbanístico, tomada aérea olhando para o sul. Em primeiro plano, o conjunto Sesc-Senac e o Mercado. Ao fundo, o terminal multimodal e à direita, a região do centro de compras. A Esplanada junto às lagoas de retenção integram longitudinalmente as unidades. À direita, o centro histórico e à esquerda, o Brás. Ao centro, o Tamanduateí, as lagoas de retenção e a esplanada


A primeira etapa, de demolição dos edifícios São Vito e Mercúrio, já foi concluída. Já no primeiro semestre de 2012 devem ser iniciadas as intervenções de médio prazo, para a construção de um pontilhão simples sobre o rio Tamanduateí, que dará acesso à área central e ao atual terminal de ônibus, possibilitando a demolição do Viaduto Diário Popular. Ao lado do terminal de ônibus, deverá ser construído um centro de compras e estacionamento público para "dar maior dinamismo ao eixo comercial da Rua 25 de Março".
A avenida do Estado será rebaixada ao longo de 1,7 km, dando lugar a túneis no trecho entre a Radial Leste e a Rua Paula Sousa. Depois da construção dos túneis, um em cada lado do leito do Rio Tamanduateí, os viadutos 25 de Março e Antonio Nakashima serão demolidos.
O Terminal Urbano Parque Dom Pedro II e o Terminal Expresso Tiradentes serão conectados à estação Dom Pedro II do Metrô, criando um sistema integrado de transporte.

A área onde está o terminal receberá lagoas de retenção, que além de oferecerem função paisagística, ajudarão no sistema de drenagem local, protegendo a região de inundações. As lagoas ainda devem funcionar como uma espécie de purificadora das águas, com plantas em seu interior que retirariam boa parte da carga de poluição que carregam. Ao longo do sistema de lagoas, um boulevard conectará o terminal intermodal à região da Rua 25 de Março.

Enquete
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Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Arco norte


Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Arco norte


Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Arco norte


Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Lagoa


Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Implantação - Recorte


Divulgação: Prefeitura de São Paulo
Centro de Compras
http://www.piniweb.com.br/construcao/arquitetura/sem-concurso-publico-projeto-de-revitalizacao-do-parque-dom-pedro-215012-1.asp



04/05/2011-14h03

Revitalização do Parque Dom Pedro 2º, em SP, custará R$ 1,5 bi

CAROLINA LEAL
DE SÃO PAULO
O projeto de revitalização da região do Parque Dom Pedro 2º (centro de São Paulo), anunciado nesta quarta-feira pelo prefeito Gilberto Kassab, tem custo estimado de R$ 1,5 bilhão e só deve terminar em 2016, em uma nova gestão da prefeitura.
Chega ao fim a demolição do São Vito, famosa favela vertical
Projeto prevê construção de bulevar sobre av. do Estado, em SP
As principais mudanças apresentadas pelo projeto são o rebaixamento da avenida do Estado, dando lugar a túneis nos dois sentidos no trecho que passa em frente ao Mercado Municipal, a construção de uma unidade do Sesc/Senac no local onde era o antigo edifício São Vito, a implantação de um centro de compras na região da 25 de Março e a criação de um terminal intermodal.
Três viadutos devem ser demolidos: Diário Popular, 25 de Março e Antonio Nakashima, dando lugar a transposições em nível que facilitem o acesso ao parque Dom Pedro 2º.
Um bulevar deve interligar o Mercadão à nova unidade do Sesc/Senac, onde serão ministrados cursos de gastronomia. Também serão implantadas lagoas de retenção na região, que auxiliariam na drenagem local.
Divulgação/Prefeitura
Simulação mostra área do antigo edifício São Vito, em frente ao Mercadão, que deve ser ocupada por unidade do Sesc/Senac
Simulação mostra área do antigo edifício São Vito, em frente ao Mercadão, que deve ganhar um Sesc/Senac
O projeto foi dividido em quatro etapas. A primeira prevê a construção de um pontilhão sobre o rio Tamanduateí, que é premissa para a demolição do viaduto Diário Popular, e a criação do centro de compras na 25 de Março. Um estacionamento público também deve ser construído na região. A meta é criar 2.600 vagas de garagem com o projeto --parte delas será voltada ao Mercadão.
O rebaixamento da avenida do Estado e a demolição dos outros dois viadutos serão feitos nas etapas seguintes. Pontilhões em nível devem ser colocados como forma de extensão da rua do Gasômetro, da rua Maria Domitila e da avenida Rangel Pestana.
A última etapa prevê que o terminal urbano Parque Dom Pedro 2º e o terminal Expresso Tiradentes sejam transferidos para o lado da estação Pedro 2º do Metrô. Com a mudança, o local viraria um terminal intermodal. Também nessa última etapa é que serão implantadas lagoas de retenção na região.
Não há previsão exata para o início das obras, mas a expectativa da prefeitura é que as relativas à primeira etapa comecem no primeiro semestre de 2012.
Apenas o rebaixamento da avenida do Estado e a construção dos túneis tem custo estimado de R$ 1,1 bilhão, mais de 70% do valor total do projeto. Apesar do receio de que o trânsito na região piore enquanto as obras não forem concluídas, a prefeitura afirma que simulações indicaram que as vias da região têm condições de suportar o tráfego.
Também serão necessárias desapropriações na região, mas o número exato de imóveis e pessoas afetadas ainda não foi divulgado pela prefeitura.
Desenvolvido pela Fupam (Fundação para a Pesquisa em Arquitetura e Ambiente), o projeto não possui garantias de que será concluído pela próxima gestão. Para Kassab, a revitalização tem que ser encarada como um "projeto de cidade, não de gestão".
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/911225-revitalizacao-do-parque-dom-pedro-2-em-sp-custara-r-15-bi.shtml


Projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II: nós já vimos esse filme

A prefeitura de São Paulo divulgou esta semana o mais novo projeto de revitalização do Parque Dom Pedro II, no centro. A região, que é uma parte da antiga Várzea do Carmo – um belíssimo parque que já teve uma ilha, a Ilha dos Amores, e onde, reza a lenda, realizou-se a primeira partida de futebol no Brasil -, desde o século XIX vem sofrendo várias intervenções.
A Várzea do Carmo foi sendo sucessivamente maltratada e mutilada, primeiro, através da canalização do Rio Tamanduateí, depois, através das várias intervenções do sistema viário, que transformaram o local num cebolão e, mais tarde, num grande terminal de ônibus.
O projeto da prefeitura, orçado em R$ 1,5 bilhão, prevê o rebaixamento de uma avenida, a construção de túneis, estacionamentos e terminal urbano, a demolição de viadutos, a criação de um centro de compras e de uma unidade do SESC/SENAC.
Nós já vimos esse filme: derrubam-se viadutos e constroem-se túneis; um edifício residencial (o São Vito) transforma-se em megaestacionamento. Apenas o custo do rebaixamento da Avenida do Estado e da construção dos túneis representa mais de 70% do orçamento da obra.
Mais uma vez, um projeto de sistema viário, com o objetivo de atender ao fluxo de automóveis, tem precedência sobre qualquer outro. E mais pessoas serão desalojadas de seu local de moradia. No meio disso tudo, a unidade do SESC/SENAC é o lacinho rosa na cabeça de mais uma obra rodoviarista.
Há vinte anos, um projeto da Lina Bo Bardi para a região previa a demolição do viaduto Diário Popular e a criação de um parque. Foi quando a sede da prefeitura saiu do Ibirapuera e se deslocou para o centro. Naquela época, a polêmica era em torno da retirada do viaduto (mas agora, fazendo túnel, tudo bem). Depois disso, muitos outros projetos já foram apresentados, inclusive na própria gestão do Kassab.
A primeira pergunta é: qual o sentido dessa intervenção? E a segunda, inevitável: será que ela vai mesmo acontecer ou trata-se de mais um factoide anunciado pela prefeitura? A única certeza é que aquela região foi degradada e tornou-se cada vez pior, graças à intervenção do poder público.
http://raquelrolnik.wordpress.com/2011/05/06/projeto-de-revitalizacao-do-parque-dom-pedro-ii-nos-ja-vimos-esse-filme/

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