domingo, 9 de outubro de 2011

REQUALIFICAÇÃO URBANA (PARTE 3)

Encerrando os exemplos de requalificação urbana na cidade do Rio de Janeiro, vamos falar sobre os projetos recentes voltados para a preparação da cidade para os eventos esportivos da Copa do Mundo e Olimpíadas.

PROJETO PORTO MARAVILHA

O projeto Porto Maravilha foi viabilizado através do Projeto de Lei Complementar do Plano Diretor (Nº 25/2009)

Modifica o Plano Diretor, autoriza o Poder Executivo a instituir a Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio e dá outras providências.
intervenções coordenadas pelo Município e demais entidades da Administração Pública Municipal, com a participação de proprietários, moradores, usuários e investidores, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental
A Operação Urbana Consorciada tem por finalidade promover a reestruturação urbana da AEIU, por meio da ampliação, articulação e requalificação dos espaços livres de uso público da região do Porto, visando à melhoria da qualidade de vida de seus atuais e futuros moradores, e à sustentabilidade ambiental e sócioeconômica da região.

SOBRE OS PRINCÍPIOS QUE NORTEARÃO O PLANEJAMENTO:

DIRETRIZES DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA
I - estimular a renovação urbana pela transformação gradativa do uso portuário de cargas em usos residencial, comercial, serviços, cultural e de lazer;
II - promover investimentos em infraestrutura e reurbanização;
III - implementar melhorias das condições ambientais, mediante ampliação das áreas verdes, da arborização, da capacidade de absorção e escoamento das águas pluviais e da priorização do sistema de transportes com uso de energias limpas;
IV - integrar a orla marítima do cais da Gamboa à área central da Cidade do Rio de Janeiro;
V - possibilitar a recuperação de imóveis com importância para a proteção do patrimônio cultural;
VI - implantar sistemas viários e de transportes que permitam a melhor circulação e integração dos diversos meios de transporte coletivo;
VII - estimular a atividade de transporte marítimo de passageiros;
VIII - promover a Habitação de Interesse Social e o atendimento à população residente em áreas objeto de desapropriação;
IX - propiciar a criação de equipamentos públicos, áreas de lazer e assegurar a circulação segura de pedestres e ciclistas;
X - realizar melhoramentos nas Áreas de Especial Interesse Social e seu entorno.


Art. 34. Fica o Poder Executivo autorizado a outorgar, de forma onerosa, o potencial adicional de construção nas quadras em que o coeficiente de aproveitamento do terreno máximo for distinto do coeficiente de aproveitamento de terreno básico, mediante a incorporação ao lote de direito de construir adicional.

§ 1º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se potencial adicional de construção a área construída passível de ser acrescida, mediante contrapartida, à área permitida pela legislação vigente na data da publicação desta Lei Complementar.
§2º A contrapartida da outorga onerosa do potencial adicional de construção prevista no caput deste artigo será realizada através da venda de Certificados de Potencial Adicional de Construção - CEPAC, nos termos desta Lei Complementar.
§3º Os CEPAC serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na AEIU.
§4° Os CEPAC poderão ser negociados livremente até que seus direitos sejam vinculados a projeto de edificação para um lote específico, que deverá ser submetido aos trâmites normais de aprovação perante a Prefeitura do Município do Rio de Janeiro.


Os CEPAC (Certificados de Potencial Adicional de Construção) são valores mobiliários emitidos pela Prefeitura, utilizados como meio de pagamento de Contrapartida para a outorga de Direito Urbanístico Adicional dentro do perímetro de uma Operação Urbana Consorciada. Cada CEPAC equivale a R$545,00 de m2 para utilização em área adicional de construção ou em modificação de usos e parâmetros de um terreno ou projeto.

O OUTRO LADO DA HISTÓRIA:

Porto Maravilha: custos públicos e benefícios privados?13/06/11 por raquelrolnik


DIVISÃO EM 11 NÚCLEOS
Pontos turísticos e culturais da Região Portuária


A partir de hoje, a gestão dos serviços públicos em parte da região portuária do Rio de Janeiro começará a ser feita pelo Consórcio Porto Novo (formado pelas empresas OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia). Ao longo de 15 anos, o consórcio receberá R$ 7,6 bilhões da prefeitura para o investimentos em obras e para a realização de serviços como coleta de lixo, troca de iluminação e gestão do trânsito na região.
Além disso, como parte da operação urbana Porto Maravilha – como é chamado o projeto de revitalização da zona portuária do Rio –  a prefeitura realizou hoje o leilão dos Cepacs (certificados de potencial adicional construtivo) da área. O Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, da Caixa Econômica Federal, arrematou todos os títulos por R$ 3,5 bilhões. Cada um dos 6,4 milhões de cepacs foi vendido por R$ 545.
O curioso é que a maior parte dos terrenos que fazem parte da operação urbana Porto Maravilha, que ocupa uma área de 5 milhões de , são terras públicas, principalmente do governo federal, que foram “vendidas” para a prefeitura do Rio, a partir de avaliações feitas por… ? Pela própria Caixa que, agora, através do Fundo que ela mesma criou, com recursos do FGTS que ela administra, buscará vender os cepacs no mercado imobiliário para construtoras interessadas em construir na região.
Ou seja, estamos diante de uma operação imobiliária executada por empresas privadas, mas financiada, de forma engenhosa, com recursos públicos em terrenos públicos. Continuamos sem saber onde estão os benefícios públicos desta PPP (Parceria-Público-Privada).

I - a priorização do transporte coletivo sobre o individual;
II - a valorização da paisagem urbana, do ambiente urbano e do patrimônio cultural;
III - o atendimento econômico e social da população diretamente afetada pela Operação;
IV - a promoção do adequado aproveitamento dos vazios urbanos ou terrenos subutilizados ou ociosos;
V - a integração da área com a área


NÚCLEO PRAÇA MAUÁ




NOVA PRAÇA MAUÁ



PROJETOS DE TRÂNSITO PARA O PORTO MARAVILHA

CAIS DO VALONGO


MUSEU DE ARTE DO RIO - MAR

GENTRIFICATION

Promessa antiga, a reforma da zona portuária do Rio de Janeiro começa a sair do papel em setembro, com o início da primeira de uma série de grandes obras programadas - a abertura da Avenida do Binário. Paralela à Rodrigues Alves, onde ficam os armazéns, a nova via permitirá, a partir de 2013, a demolição de 4 quilômetros do Elevado da Perimetral - o equivalente carioca ao Minhocão.
Convidado pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) para presidir a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio, o engenheiro Jorge Arraes elogia a renovação urbana feita em Barcelona a partir de 1986, quando a cidade foi escolhida para receber as Olimpíadas de 1992. Mas acha que a reforma de Puerto Madero, em Buenos Aires, não é modelo para o Rio. "Apesar de ser um belo projeto, não tem vida, só tem turista."
Ele reconhece que as obras de transformação da zona portuária carioca, prometida para 2016, vão resultar na remoção de centenas de famílias de baixa renda - oficialmente, serão 300. Mas afirma que o objetivo é realocar moradores em prédios que serão construídos na própria região e ter um "mix de classes".
No fim de 2009, Paes mudou a legislação urbanística da região, autorizando a construção de prédios de até 50 andares. Arraes diz que a verticalização "não será desordenada". "Não faz sentido demolir a Perimetral e transformar a Rodrigues Alves em um paredão de prédios tipo Copacabana." Segundo ele, haverá recuo mínimo de 30 metros entre os prédios. "Vamos ter torres em centros de terrenos, sobrando espaço para todos os lados. E não será permitido cercar térreos com grades e muros."

OUTRAS CRÍTICAS
Diversas críticas têm sido feitas ao planejamento estratégico, principalmente com relação a algumas premissas sobre o conteúdo das estratégias e à visão de cidade como um “produto” a ser vendido. Além disso, fortes críticas têm sido feitas com relação à “participação” dos atores, que muitas vezes tem ficado restrita àqueles setores mais ligados ao capital econômico (VAINER, 1999). Essas observações são importantes na medida em que alguns dos princípios do planejamento estratégico influenciam a forma como os planos diretores são elaborados atualmente no Brasil, exigindo, portanto, uma atitude crítica frente aos seus postulados e à forma de exercê-los na prática do planejamento.
Carlos
Vainer (1999) destaca três aspectos condenáveis do planejamento estratégico.
O primeiro deles diz respeito ao marketing de cidades. Se a intenção é vender, surge a questão: vender para quem? A prática mostra que normalmente a cidade é “vendida” para os grandes investidores do capital estrangeiro. Isso quer dizer que os aspectos a serem valorizados na cidade não são aqueles importantes para a população em geral, mas sim aqueles que agradam e esse grupo específico.
Por isso, aspectos como infra-estrutura tecnológica e de comunicações, hotéis de luxo, mão-de-obra qualificada e aeroportos internacionais passam a liderar a lista de prioridades dos planos estratégicos.
Com relação à ambiência urbana, por outro lado, o marketing acabou gerando uma banalização dos projetos urbanos, vistos como instrumentos para embelezar a cidade e atrair o investidor interessado em uma cidade agradável para morar. Com isso, abre-se mão de uma visão integrada dos problemas urbanos, gerando um conjunto de intervenções fragmentadas que desperdiçam seu potencial de estruturar o espaço e atuar positivamente na dinâmica do sistema urbano. Essa prática, aliás, vai radicalmente contra a visão sistêmica da cidade defendida pelo próprio planejamento estratégico, conforme vimos acima.
A intenção de “vender” a cidade fica bem clara até mesmo na linguagem utilizada nos ensaios teóricos.
Güell (1997, p. 133), por exemplo, diz que depois que um empresário escolhe uma cidade ele pode ou não recomendá-la para outras pessoas, e acrescenta: “por essa razão, o papel do vendedor do lugar não termina com a compra, e sim continua com o que se conhece como período pós-venda” (grifos nossos).
Em segundo lugar,
Vainer critica a analogia entre cidade e empresa adotada pelo planejamento estratégico. Nessa abordagem os princípios mais importantes são “produtividade, competitividade e a subordinação dos fins à lógica do mercado” (VAINER, 1999, p. 8).
Assim, ver a cidade como empresa significa, essencialmente, concebê-la e instaurá-la como agente econômico que atua no contexto de um mercado e que encontra neste mercado a regra e o modelo do planejamento e execução de suas ações. (VAINER, 1999, p. 8).
Por último, a necessidade de consenso. Segundo
Vainer, ele reduz os conflitos inerentes à complexidade da vida social urbana a níveis inaceitáveis, em nome de uma unanimidade necessária para se alcançar o desenvolvimento, baseado, como já foi dito, numa política de subserviência aos interesses do capital.
Com isso, o aspecto político do planejamento é negligenciado, visto que os princípios e os interesses estão definidos a priori. A participação dos atores, defendida pelo planejamento estratégico, acaba sendo feita basicamente por aqueles que detêm o poder econômico.

 


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Modernização de patrimônio cultural e arquitetônico. Uma análise sobre a modernização Estádio Olímpico de Berlim e uma breve comparação com a situação do Estádio do Maracanã.

 FELIPE GONÇALVES DE OLIVEIRA INÁCIO
4º ano Arquitetura e Urbanismo

   A reforma de modernização do Estádio do Maracanã para a copa de 2014, tem causado uma polêmica discussão sobre a necessidade de se preservar a arquitetura de um bem cultural tombado. A marquise do estádio foi demolida, e a sua arquitetura está se descaracterizando com a desculpa de que um bem cultural que não foi tombado por sua arquitetura, mas por seu valor na cultura, pode sofrer alterações em suas características arquitetônicas para que continue exercendo o seu papel como bem cultural. Mas, não seria possível modernizar um patrimônio como esse preservando sua arquitetura, que faz parte da sua memória?


    Estádio do Maracanã Antes das reformas.                             Projeto do Estádio do Maracanã. Já sem as marquises.


   Esse questionamento nos leva a outro estádio com importância histórica, o Estádio Olímpico de Berlim, na Alemanha. Edifício iconográfico para o povo alemão e desenhado para representar toda uma ideologia, no caso a do nazismo, foi restaurado e modernizado de modo que não se perdesse esse traçado para não se esquecer desta época de erros da sociedade alemã, e para apresentar ao mundo a nova cara da Alemanha ao mundo. Devido à alta audiência da copa do mundo, o iconográfico Olympiastadion Berlinense, que seria palco da final do evento, necessitava de passar essa mensagem.
   O Projeto se baseia no respeito e sensibilidade ao original de Werner March, “A renovação e modernização de um marco histórico importante devem ser feitas com respeito arquitetônico e sensibilidade", afirma Volkwin Marg, um dos autores do projeto de retrofit do estádio pelo escritório GMP. "Cada intervenção construtiva e sua substância devem passar por análise em relação ao objeto, considerando a adequação do design.”
Olympiastadion, Estádio Olímpico de Berlim antes da sua modernização.



   A sensibilidade e o respeito são notados em dois aspectos, na metodologia de interferência nos elementos construtivos do projeto e no desenho da nova cobertura.
   No primeiro aspecto, foi feito um levantamento e catalogaram-se todas as peças de pedra e concreto que apresentavam algum tipo de patologia, para que após o seu restauro ela fosse recolocada no mesmo local onde estava antes, e se não era possível o restauro, a peça era substituída por uma do mesmo material e com características parecidas.
   Já o segundo aspecto, a cobertura, algo que não existia no projeto original e é uma das exigências da FIFA para estádios de copa do mundo, tem como conceito a não interferência na aparência externa da obra e por isso seria composta de materiais leves e estrutura esbelta que não precisasse de elementos mais altos que a fachada. O desenho da cobertura acompanha a forma do estádio, preservando a abertura no lado oposto a entrada do mesmo, pois há uma relação com Torre do sino.
Olympiastadion, Estádio Olímpico de Berlim após a modernização. É perceptível o respeito na modernização.


























Cobertura que acompanha o desenho do estádio.                                           Estrutura metálica esbelta faz um contraste respeitoso.



   A simetria do projeto, a força de sua linguagem arquitetônica neoclássica, foram respeitadas e o retrofit feito para se trazer melhorias que fariam o estádio continuar a cumprir a sua função, a de representar a cultura e a imagem do pais em um dos maiores eventos esportivos do mundo. O carinho, a preocupação com a historia de um patrimônio como este se mostra no que foi feito no projeto, a arquitetura foi respeitada e a cultura esportiva que “reside” no espaço continuam lá, fora que o gasto como o projeto não foi tão alto (150.000.000,00).
   Comparando com a situação do Maracanã, é notável certa falta de consideração com a história do edifício e foi levada em conta só a importância cultural de se ter o “Maraca” como uma dez sedes da copa. Um projeto mais bem pensado, respeitoso e sensível como foi feito na Alemanha, com uso se alta tecnologia construtiva e um restauro preciso nas partes que apresentaram patologias na analise da obra e alterações pontuais e discretas, seria mais digno do bom e velho “Maraca” e até do próprio futebol brasileiro.

CATEDRAL DA SÉ E SEU RESTAURO

VANESSA FREITAS FERREIRA
4° ano Arquitetura e Urbanismo

A IGREJA
 A Catedral da Sé foi construída originalmente no ano de 1598, porém, só no ano de 1913 teve inicio a construção do jeito que ela é hoje. Foi projetada pelo arquiteto e professor da Escola Politécnica, MaximilianHehl. Com um estilo neogótico ela possui 111m de comprimento, 46m de largura e 92m de altura contando com as torres. Em seu acabamento foi utilizados cerca de 800 toneladas de mármores raros, e, portanto, não é de se estranhar que possua um dos maiores órgãos em funcionamento da América Latina.





A RESTAURAÇÃO
Sob alegação que a edificação apresentava riscos estruturais, o Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), órgão da Prefeitura de São Paulo, interditou a antiga igreja paulistana. A interdição aconteceu em julho de 1999, três meses depois da apresentação de um projeto de restauração e recuperação ao Ministério da Cultura. Algumas obras emergenciais foram realizadas para a reabertura parcial, de outubro de 1999 a maio de 2000, quando o projeto foi aprovado, possibilitando o início das obras de restauração.
Nos três anos em que a igreja permaneceu fechada foram reparados 52 vitrais e centenas de elementos artísticos, muitos deles datados do século 18. A reforma incluiu ainda a revitalização dos 61 sinos da igreja, que já não funcionavam há cerca de quatro anos.
As obras de restauração solucionaram ainda vários outros problemas que ameaçavam a estrutura física da Catedral da Sé, corrigindo problemas de deterioração e desestabilização física (movimentação estrutural), fissuras, infiltrações de água, ataque de cupins até a substituição das estruturas elétrica e hidráulica, A catedral também foi inteiramente pintado e lavado.
 A catedral ganhou 14 torreões, previstos no projeto original, elaborado em 1913 pelo arquiteto Maximiliano Hehl. Apesar das torres existentes, os torreões não haviam sido concluídos, apesar da inauguração da catedral, em 1954
 Segundo os frequentadores da catedral, ela ficou mais clara, mais iluminada, ganhou novo sistema de som e está mais segura.
 Mais não parou por ai, durante os trabalhos, "descobertas" foram feitas dentro da catedral, surpreendendo engenheiros, arquitetos e operários. Um dos "achados" são as pranchas originais do projeto foram encontradas sob a arquibancada do coro, ajudando que a restauração fosse "a mais fiel possível", na avaliação do engenheiro Ronaldo Ritti, diretor da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato -empresa responsável pelas obras.
Com um projeto que custou cerca de R$ 19,5 milhões, a catedral foi reinaugurada em 2002.

BIBLIOGRAFIA



domingo, 2 de outubro de 2011

REQUALIFICAÇÃO URBANA (PARTE 2)

Após a compreensão dos processos de requalificação urbana, vamos estudar alguns casos relacionados às cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, a começar pela antiga capital do país...a cidade maravilhosa do Rio de Janeiro que no final do século mantinha o cenário de uma cidade colonial em estilo predominantemente barroco.

Com a vinda da família real em 1808, vários projetos foram executados para reformar a cidade e torná-la digna da morada da família real européia.

A Missão Artística Francesa aportou no Rio deJaneiro em 1816, composta por nomes renomados como Grandjean de Montigny e Debret, trazendo para a cidade o primeiro olhar de embelezamento para o centro histórico.

1ª FASE - EMBELEZAMENTO : Construção de edifícios públicos em estilo neoclássico
Academia Nacional de Belas Artes - Grandjean de Montigny


Casa da Alfândega- Grandjean de Montigny


Já no início do século XX a cidade irá passar pelo segundo processo de requalificação urbana, com as reformas do então prefeito Pereira Passos em 1904.

2ª FASE - RENOVAÇÃO: abertura da Avenida Central e modernização da cidade
O processo de Renovação urbana também pode ser associado ao processo de embelezamento e adequação da cidade aos novos conceitos de higiene e transporte.




As obras se iniciaram em março de 1904 com a demolição de 641 casas, desalojando quase 3.900 pessoas. Após seis meses de trabalho estava aberta de ponta a ponta.
Também no início do século XX, mais precisamente em 1920, o novo contexto industrial e a tendência de modernização das cidades abriu espaço para novos projetos urbanísticos como o Plano Agache, que apesar de não ter sido implementado em sua totalidade, propôs o embelezamento da cidade, criou regras para as edificações e para a ocupação ordenada dos espaços, separou as áreas de moradia, comércio ou indístrias e instituiu os primeiros regulamentos para a construção de arranha-céus, com a utilização da nova tecnologia do concreto armado.
Plano Agache
 Entre 1920 e 1950, se apagou a memória histórica da cidade com a aplicação dos ideais modernistas e construção de amplas avenidas.
A nova estruturação urbana do Rio de Janeiro proporcionou um adensamento populacional tanto com a verticalização quanto pelo crescimento das favelas; mas em 1960, com a transferência da capital brasileira para Brasília, a cidade do Rio deixa de ser objeto de investimentos, e sofre com as vias saturadas.
Nos anos de 1960, o Plano Doxiadis não se preocupava tanto com o embelezamento, mas com o funcionamento e com as necessidades futuras (transporte rodoviário e novo Central Business District).
Plano Doxiadis - 1965
 Década de 1970: identidades dos bairros
•Plano Urbanístico Básico, - PUB-RIO, que dividia o território municipal em 5 Áreas de Planejamento,
•Projetos de Estruturação Urbana (PEU) para o planejamento local, respeitando as características dos diferentes bairros e criava políticas setoriais para o desenvolvimento econômico e social.


Década de 1980:
         •PEUs
•Recompor determinados pontos da cidade
•Criar pontos de articulação
•Traçado viário das ruas
•Ocupação do solo
•Bairros: Penha, Brás de Pina, Cidade Nova
         •1988: Constituição exige elaboração de Plano Diretor para cidades com 20 mil habitantes
Projeto Favela-Bairro
Projeto Rio-Cidade (1993 a 2001)

Intervenção na Feira de São Cristóvão

3ª FASE: PRESERVAÇÃO

Projeto Corredor Cultural

4ª FASE: REINVENÇÃO
Cidade do Samba
Cidade Olímpica
Quiosques da Orla
Museu de Guggnheim????

5ª FASE: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
 •Investimento privado
•Planejar de acordo com as condutas empresariais
•Muda, assim, a escala de planejamento, que não mais busca ordenar o crescimento urbano, mas atua em alguns pontos do espaço, aqueles que irão propor maior rentabilidade. Ainda segundo Compans
(2004, p. 32), a subordinação ao lucro privado nos processos de intervenção pública na cidade resultou na seletividade e segregação do espaço, contribuindo gradativamente para o abandono do “Planejamento Normativo”