domingo, 14 de agosto de 2011

ESPAÇOS CULTURAIS E A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO


 

Em todos os lugares do mundo existem edificações antigas, com valor histórico e beleza arquitetônica, abandonadas e desocupadas.

Quando surge a possibilidade de recuperar essas edificações, logo se fala em revitalização, ou seja, dar nova vida ao patrimônio até então sem utilização.

Mas também existe o termo requalificação, que eu particularmente prefiro atribuir aos projetos de urbanismo que proporcionam uma nova qualidade ao ambiente construído, ou também à edificações que possuíam determidado uso e que receberam uma nova proposta de ocupação com a revalorização do espaço.

Não sou defensora de que as edificações históricas sejam ocupadas apenas por espaços culturais, pois as mesmas possuem potencial para o funcionamento de setores administrativos públicos, instituições privadas, estabelecimentos comerciais e também para o uso residencial.

Mas muitas edificações históricas agregam valor ao espaço quando são ocupadas para finalidades culturais, pois constituem a materialidade da história tornando-se sinônimos da identidade de uma sociedade.
Muitas edificações históricas são ícones de um local, ou seja, o diferencial que preserva a identidade, principalmente diante da padronização da economia e das tecnologias construtivas.
Saber usar dessas edificações para finalidades culturais, trás benefícios principalmente para as localidades que possuem o turismo como fonte econômica.
Em resumo, as edificações históricas:
       São sinônimos de cultura e identidade
       Representam a materialidade da história e da tradição
       Dinamizam o turismo
       Favorecem a diversidade
Os espaços culturais devem proporcionar atividades que incentivem a visitação como restaurantes, cafés, livrarias, auditórios e lojas.
Todavia, como grande parte das edificações são patrimônio histórico e arquitetônico é preciso respeitar a distinguibilidade nas obras de adaptações ou construções de anexos para uso cultural.
Como exemplos podemos citar os projetos de restaurante e café no Museu de Orsay na França, promovendo duas áreas de alimentação para públicos diversificados e garantindo a sustentabilidade do museu.

GARE DE ORSAY - 1898

MUSEU DE ORSAY - 1986

RESTAURANTE - MUSEU DE ORSAY

CAFÉ  MUSEU DE ORSAY


Outro exemplo é o anexo do Museu Histórico da Alemanha, projetado pelo arquiteto Ieogh Ming Pei para a realização de exposições temporárias e auditório,  que em sua edificação histórica abriga uma praça de alimentações no pátio interno.

ANEXO DO MUSEU HISTÓRICO DA ALEMANHA


RESTAURANTE DO MUSEU HISTÓRICO DA ALEMANHA

Mais um bom exemplo é o novo projeto do Novo Museu de Berlim, da firma inglesa David Chipperfield Architects, vencedor do prêmio Mies Van der Rohe 2011,por sua distinguibilidade associada a uma exaltação da originalidade.
INTERIOR DO NEUES MUSEUM (NOVO MUSEU DA ALEMANHA)





MUSEU DE MINAS E METAL DE BELO HORIZONTE

No caso brasileiro podemos citar o Museu de Minas e do Metal de Belo Horizonte, inaugurado em 2010.


PROPOSTA DE ARTIGO: Análise de projeto de edificação histórica adaptada para uso cultural com a construção de anexo. Comentar histórico da edificação original, projeto, ano, autor, proposta arquitetônica, relações entre a edificação original e os novos elementos arquitetônicos.


Um comentário:

  1. Os Espaços Culturais e locais de preservação do Patrimônio como identidades são essenciais para a memória, história e socialização de novas gerações e culturas diferentes, tradição e turismo.
    A preservação é tudo que podemos fazer para manter conservados, como as raízes e evoluções. Os ambientes "preservados" nos trazem lembranças do passado!

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