quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O fim da cidade ou a cidade sem fim

Trechos de Jacques Le Goff (Por amor às cidades)


"A fim de fixar uma representação da cidade que possamos dominar mentalmente, mobilizamos os recursos da história. A cidade contemporânea escapa às definições tradicionais, mas queremos atá-la ao pedestal de um patrimônio. Na realidade, o exercício que experimentamos é um tanto vão, o passado se esquiva àquilo que lhe pede o presente." (p.143)


"A forma de uma cidade muda mais depressa, lamentavelmente, que o coração de um mortal." Baudelaire


"Há muito tempo os centros são objetos de ferozes batalhas; eles não querem desaparecer sem combate, eles resistem. Parece-me, entretanto, que a evolução age profundamente contra o centro urbano. Ele não é mais adaptado à vida econômica, à vida das relações que dominam as populações urbanas. Então, o que ele se torna? Centro Storico, dizem muito bem os italianos. E se ele ainda brilha, é a beleza da morte. Caminha-se em direção ao centro-museu." (p.150)

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